Lisboa - O caso do agora demitido director da direcção provincial de investigação provincial (DPIC) de Luanda, António João esta relacionado a discrepância supostamente encontrada nos últimos valores monetários encontrados na residência de um funcionário do BNA, Fernando Monteiro, associado ao “escândalo do BNA”.
Fonte: Club-k.net
Procurador Coelho diz que os valores não são estes
Embora não esteja envolvido no grupo de policias que se apoderaram das malas de dinheiro encontradas em Viana, António João como responsável da DPIC em Luanda foi a figura a quem os valores foram parar nas suas mãos a fim de contabilizar e devolver as instancias superiores. Logo após a devolução das malas contento milhões de dólares, a Procuradoria Militar ordenou que fosse novamente vasculhada a residência de Fernando Monteiro tendo os policias encontrado cerca de 1,5 milhão de Kwanzas que corresponde a 15 mil dólares.
A devolução do dinheiro terá proporcionado um ambiente de discrepância entre a policia e a justiça militar. O Procurador Militar, João Luis Coelho que acompanha o caso, refere que dispõe de informações alegando que os últimos valores aprendidos correspondem a 3 milhões de kwanzas ao que contraria com a versão do demitido Director da DPIC e da esposa do funcionário do BNA que fazem jus a versão dos responsáveis da investigação de Luanda.
Uma versão que esta a ser levada em consideração afirma que uma das motivações que leva o procurador militar a estar convicto da existência de alguma anomalia, tem haver com os dados do despacho que o então director da DPIC fez chegar aos mesmos. O Despacho do processo enviado por António João teria chegado a procuradoria militar com uma data posterior ao dia de recepção. O procurador Luis Coelho pretende ter explicação convincente. Em círculos da policia em Luanda alega-se ter havido “erro humano”.
Face ao cenário em referencia, António João, formando em direito, teria interrompido o seu trabalho nas últimas semanas para passar a ir prestar longos depoimentos na procuradoria militar. As 16h de segunda-feira, o mesmo acabou por ser detido. Dois dias depois, o comando-geral da policia Nacional anunciou publicamente o seu afastamento. De acordo com informações plausível, o mesmo deverá ser substituído por um novo director, Isaac de Assunção.