Namibe - Um ancião pertencente à organização Testemunhas de Jeová, que diz chamar-se Mateus Lunbangue, de 66 anos de idade, encorajado pelas recentes declarações do Procurador Provincial do Namíbe da República, Dr. Herculano Chilanda, quebrou o silêncio e procurou os órgãos de comunicação social privados, denunciando presumíveis actos de injustiça.
Fonte: VOA
Mateus Lumbange não concorda com a suposta manipulação de que foi alvo seu filho, João Jongolo Lunbangue, num processo por acidente de viação, ocorrido no dia 4 de Setembro de 2004.
Considerou que foi aplicada ao seu filho uma sentença que injusta, por duas razões: pela ausência das partes envolvidas no acidente, e pelo facto de o Juiz em causa, o meritíssimo Modesto Daniel Gerardes ser membro da familia do queixoso. Por isso, apresentou um recurso ao Tribunal Supremo e Procuradoria Geral da Republica.
No entanto, passados cerca de seis anos, até à presente data, não tem resposta. "Não sei do caso de outras pessoas, mas o que vejo aqui no Namíbe é que só há justiça contra os pobres", lamentou Mateus Lubangue.
"Neste processo, não houve transparência e nem lisura, diz o visado, acrescentando que "o juiz beneficiou claramente a outra parte".
A Voz de América procurou ouvir o Juiz Modesto Daniel Gerardes, mas sem sucesso. Esta denúncia surge numa altura em que membros da sociedade civil em Angola, apelam ao cerrar de fileiras em torno da defesa dos mais fracos, os angolanos pobres, injustiçados e desprovidos de qualquer recurso financeiro para constituir um advogado de defesa.
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