Nairóbi - O governo Queniano confirmou na segunda-feira (08) que havia comprado quatro contentores de munições de alto calibre dos Estados Unidos e que o navio estava a caminho de Mombaça.
Fonte: daily Nation/Club-k.net
Armas não pertencem aos “inimigos da paz”
A informação foi avançada pelo porta-voz do governo, Alfred Mutua logo após ter sido informado de que o navio que transportava a munição, tinha sido detido em Angola, e posteriormente liberado e que já estaria a caminho da cidade queniana de Mombaça.
"O governo deseja confirmar que está a espera da entrega de quatro contentores de munições compradas os Estados Unidos. Um navio transportando a munição está a caminho de Mombaça depois de fazer uma escala em Angola. O governo verificou que o navio saiu de Angola e deverá atracar em breve ", referiu o Dr. Mutua, em comunicado.
"A compra é uma requisição de armas normal ,realizada num concurso normal, a remessa é composta apenas de munição e não de armamento. A munição é de um calibre que nos ainda não temos a capacidade de fabricar, portanto a requisição e dos EUA ", disse ele.
Em Mombaça, um assistente mestre das autoridades portuárias quenianas (KPA) Adnan Banafa disse que ainda iriam receber mais informação sobre o navio. É obrigatório para todos os navios com destino a Mombaça dar a conhecer a KPA através de um agente local, os detalhes do navio, a natureza da carga e data de chegada.
"Nós não recebemos qualquer informação sobre a intenção de chegada do navio no porto de Mombaça para a nossa lista de 14 dias dos navios esperados que geramos diariamente," referiu um oficial de KPA que não pode ser citado pois não está autorizado a falar com a mídia disse ele.
O navio, Maersk Constellation, não estava na lista de 14 dias compilado e a KPA não poderia dar quaisquer detalhes. Banafa disse ainda que isto poderia acontecer devido ao facto de que o navio poderia contactar outros Portos em transito antes de embarcar em Mombaça.
Na segunda-feira funcionários da Maersk ainda não tinham confirmado o itinerário do navio e nem da sua data prevista de chegada prevista, a Mombaça.
O director de gestão da Maersk -Quênia ,Rolf Nielsen disse que : "A Maersk Constellation não é um navio da Maersk Line, mas que opera para a nossa empresa irmã da Maersk Line Limited, que é uma empresa americana."
O porta-voz militar quêniano Bogita Ongeri disse que o Quênia faz a compra de armas por meio de agências e que a propriedade do armamento só poderia ser estabelecida quando o navio atracasse.
O Navio com a encomenda do governo do Quênia atracou em território angolano numa altura em que as autoridades assustaram a população com discurso de que o país voltaria a ter guerra. Rui Falcão, o Secretario para informação do MPLA chegou a insinuar que as armas pertencia aos “inimigos da paz” em referencia a UNITA. Até ao momento as autoridades angolanas ainda não esclareceram a sociedade que as armas não pertencem aos “inimigos da paz”.