Lisboa – Notada no procedimento de José Eduardo dos Santos (JES), um discreto encurtamento nos contactos que tinha em relação a Pierre Falcone. Do grupo dos “intermediários do trafico de armas” ao qual Pierre Falcone e o sócio russo-israelita, Arcadi Gaydamak, integram, o líder angolano passou a dar mais realce a Lev Leviev, que actua como sua muleta para as questões de segurança.
Fonte: Club-k.net
Empresário virou-se para os chineses
Pierre Falcone que sempre foi visto como o favorito de JES, inclinou-se agora para o lado dos chineses que fizeram dele, o seu mais importante consultor para os assuntos africanos. Em razão do qual esta a viver em Pequim desde que saiu da cadeia. É através do seu grupo empresarial “Pierson Capital”, localizado no coração de Pequim (no luxuoso Occidental Plaza) que o empresário esta afirmar-se naquele mercado. As actividades do seu, Pierson Capital possuem ênfase na estruturação de programas de infraestrutura financiados através de instalações de pré-exportação de empréstimo. Trata-se de um “forcing” de consultoria estratégica para clientes soberanos (administrações públicas e agências governamentais), principalmente em países emergentes, bem como a estatal de conglomerados industriais e financeiros, com ênfase em empresas chinesas. O Pierson Capital Group tem a sua sede principal nos Estados Unidos mas é em Luanda, onde o seu escritório de representação se afirma como o “headquarters” para a África Austral.
Pierre Falcone notabilizou-se em Angola pelo seu envolvimento no trafico de armas ao tempo do conflito armado, provocando, durante mais de uma década, acesas controvérsias entre Paris e Luanda. O caso ficou conhecido por “Angolagate”. O empresário foi condenado em 2009 mas acabou por ver a sua liberdade devolvida este ano. A sua soltura resultou de um “forcing” do poder político de paris em resposta a retaliação do regime angolano que envolveu interesses petrolíferos Franceses em Angola tal como a limitações impostas a transportadora Air France.
A situação política militar na Costa do Marfim e Líbia são também citadas em meios competentes como tendo contribuído pelo “enfraquecimento” dos Frances quanto a “pressão” do regime angolano. (Depois destes dois países , Angola tornou-se a mais significante dependência de França, em África, na questão da exploração de petróleo). Logo a seguir, ao encurralamento provocado pelas circunstancias, as autoridades francesas alteraram o elenco do poder judicial precipitando a soltura de Pierre Falcone. Sectores empresarias Franceses, em Luanda, reconhecem que “o regime angolano foi até ao momento o único que conseguiu fazer com que o poder político Frances interferisse no seu poder judicial.”
Em gesto de solidariedade pelo papel do regime angolano, Pierre Falcone deslocou-se a Luanda, na segunda semana de Maio para agradecer pessoalmente, o Presidente José Eduardo dos Santos. Porém, na seqüência do discreto afastamento de JES em torno de si, a figura angolana a quem Pierre Falcone passou a ter discretas afinidades/contactos é Fernando Miala.