Luanda  - O líder do maior partido na Oposição, Isaías Samakuva, afirmou durante uma conferência de imprensa realizada esta semana em Luanda, que a Deloitte até Setembro de 2011 não se dedicava ao trabalho que se propõe fazer actualmente.


*Ana Margoso
Fonte: NJ

Confidenciou a UNITA

Isaías Samakuva ao fazer esta revelação disse que em Setembro de 2011 o seu partido havia contactado esta empresa para um trabalho do género, e a mesma terá afirmado que não estava a desenvolver essa área em Angola.


“Nós em Setembro de 2011 mandamos um e-mail para esta empresa onde solicitávamos os seus préstimos para a auditoria eleitoral, e eles, através do senhor Rui Silva, usando a mesma via nos informaram que não estavam a desenvolver essa área em Angola. Desde Setembro até hoje já conseguiram arranjar condições para fazerem auditoria ao FRICE”, questionou-se o político.


Por outro lado, o líder do Galo Negro afirmou que as instituições do Estado continuam a não ser respeitadas, uma vez que “um só homem manda em tudo e todos. Não há uma imprensa livre e plural, porque a ditadura tutela os órgãos públicos de comunicação social; decide a quantidade e os conteúdos da informação que os cidadãos devem receber”, disse.


Samakuva falou aos presentes da necessidade de se criar condições para  que se façam eleições democráticas. “Não me refiro à disputa eleitoral. Refiro-me sim à luta pela criação de condições indispensáveis para a realização de eleições democráticas, porque não se realizam eleições democráticas num ambiente de ditadura”, asseverou.


Para esta formação política, para que hajam eleições democráticas é necessário também que a lei de imprensa seja regulamentada e ainda o respeito pela lei orgânica sobre as eleições gerais.


“Não se pode convocar eleições democráticas num ambiente em que um partido político estabelece limites arbitrários ao exercício da actividade de radiodifusão e controla a imprensa pública, porque, nas democracias, os partidos não se confundem com o Estado”.


“O estrito respeito pela lei orgânica sobre as eleições gerais para que nada, mas nada mesmo, comprometa a imparcialidade, integridade e correcção, quer dos procedimentos, quer dos resultados eleitorais”, rematou.


Para finalizar, o líder da UNITA fez menção da necessidade de se removerem os obstáculos para a realização do sufrágio universal em Angola.