Felizmente, vivemos uma época em que falar de guerra (e ou violência) é coisa do passado, mas ao meu ver a luta entre esses dois, é o tipo de luta que ainda vai perdurar longos e “largos” anos; é o tipo de luta que vai definir por muito tempo o clima da política nacional. Por isso, os angolanos, de Cabinda ao Cunene, devem estar preparados para isso. Quando digo luta, refiro-me ao debate político e fervoroso sem trégua a que estaremos submetidos os cidadãos. Enquanto um, ou outro partido (elementos, simpatizantes ou até mesmo militantes), não deixem de pensar que a coroação de um, no poder, deve ser a derrota do outro.

É o tipo de luta que devemos ter consciência e lucidez para enfrentar, e não podemos permitir que o mercenarismos, vindo de onde queira que seja, se apodere das nossas atitudes. Ou seja, que as soluções tomadas venham de onde menos necessitamos e precisamos ou sejam inspiradas no lugar errado. Esse tipo de lugar, onde por conveniência prolifera-se o mercenarismo, não pode ser visto, para o cidadão lúcido e responsável, como a fonte onde o nosso ódio e amor podem se alimentar ou ter como a mesma uma fonte. É preciso ter discernimento, sermos responsáveis e acima de tudo educados, mostrar na medida do possível, e sempre, que somos civilizados; de que temos um povo a amar, sim, mas também a respeitar; de que temos um país, uma pátria na qual devemos as nossas vidas e tudo aquilo que somos e temos. E de que acima de tudo, a pátria, a nação e o país é a maior instituição em nossas vidas, e que ela pode garantir (e deve) o respeito e a segurança de cada um de nós. Isso não se faz de um dia para outro, isso é o conjunto de forças de todas as entidades, corpos, objetos e organismos que compõem essa grande instituição.

A pátria tem um valor inestimado e infinito; é um valor que está longe das nossas brincadeiras, do reaccionarismo que existe por aí, da corrupção, do oportunismo. E o melhor ainda, está longe de um jogo infantil lusitano, tipicamente oportunista e mercenário chamado: Notícias Lusófonas.

Nada pessoal contra esse povo maravilhoso da península ibérica, que noutro hora soube abrir caminhos, com suas atrevidas caravelas, explorando mundos; indo em busca de aventuras, em busca de cultura e de civilizações. Constitui talvez uma das maiores aventuras de todas as épocas. É claro que tudo isso seria maravilhoso se detrás das aventuras não existissem os desastres que todos conhecemos. Parece que em Portugal as coisas não andam muito bem, e esse não andar muito bem, reside em acreditar que as pessoas lá do outro lado, além Portugal ou além mar, continuam sendo tão idiotas quanto há 500 anos atrás. Esse não andar bem continua sendo o interesse obcecado que algumas individualidades portuguesas continuam tendo pela nação angolana. E para alcançar seus objetivos, entre eles o de provocar, instigar e difamar, tudo vale. Assim, alguém que possivelmente deveria fazer caridade para os pobres, decidiu jogar seu dinheiro no lixo fundando o Notícias Lusófonas, que de hora em hora nos trás o que há de mais idiota e imbecil da cultura lusitana. É uma pena para um país tão lindo!

Portugal não é só país do bacalhau, da batata e do azeite doce. É irresistivelmente o país que por fatalidade muitos de nós, de vez enquanto, quebramos como um cristal nossos corações por um amor. Mesmo em condições de passagem e de forma aventureira; amores que vêm e vão; coração sangrando e lamentando pelas infinitas saudades. Esse pode ser o Portugal de todos nós, até daqueles que nunca lá nascerão, mas que de alguma maneira têm algum vínculo com essa terra. Esse é o Portugal que alguns de seus cidadãos insistem em tornar essa terra em maldita.

Falar de missão secreta, documentos secretos é em qualquer lugar do mundo, pelo menos supomos, obra de pessoas inteligentes. Não necessariamente gênios. É, simplesmente, obra de pessoas lúcidas, espertas e inteligentes. Assim, se o MPLA ganhou a guerra –aqui estou fazendo o uso de um vício não muito correto, politicamente -mas paciência, diante do jogo rasteiro e sujo do adversário não temos outra opção. Como ia dizendo, se o MPLA ganhou a guerra, é porque, além de uma boa causa justa, em seu seio sempre houve homens e mulheres inteligentes dispostos a levar a cabo essa luta.

E nessa luta está incluída todo tipo de missão secreta, incluindo uma suposta e descabida missão inventada pelos articulistas, jornalistas e difamadores do Jornal eletrônico Notícias Lusófonas. É o tipo de missão que, sendo secreta e do SINFO, jamais iria cair nas mãos de um bando de desequilibrados mentais que usam a profissão para chamar atenção, e, assim, sobreviverem possivelmente dos baixos salários e do desemprego que o mundo capitalista reacionário, arcaico e caduco oferece a milhões de cidadãos.

Como articulista de opinião e fazendo uso dos mínimos direito e dever que me cabe, atrevo-me a dizer, que nessa luta entre um bando e outros (MPLA versus UNITA e oposição) com certeza vencerão os mais inteligentes.

A invenção de que o SINFO, em nome do MPLA e do governo que está no poder, estão tramando a decapitação (ou eliminação) da oposição, está longe de caracterizar tais pessoas como pessoas inteligentes e que merecem credito. É ridículo, irrisório, patético; assombroso, assustador -sim; mas acima de tudo uma pantomima. É obra de palhaços sem emprego, famintos e correndo o risco de perderem o pouco que têm.

E tudo isso, uma colossal ironia. Já que vocês ( ou eles) são vítimas da sociedade que tanto defendem, que vos nega o direito a ter um emprego estável, sem a ameaça da concorrência cruel.

Assim, os angolanos não podem ser vítimas das vossas mentiras, ou até mesmo vítimas de ambições gananciosas.

Nesse jogo infantil quem saiu em frente desmascarando a cara suja e de pau do inventor de um suposto documento onde o SINFO tem a missão “honrosa” de acabar com toda oposição é o Embaixador José Gama, sujeito tido por muitos como o dono de uma alma, nem tanto imparcial, já que a kwacharada acha que o mesmo está entre a revelação dos novos intelectuais que a democracia  vem gerando. Mas que ao meu ver de alma ponderada e cauteloso soube desmentir o documento, feito de papel, que deveria ir para qualquer lugar menos para um jornal ou Semanário de Notícias.

Acompanhando José Gama, eu diria, é o tipo de embrolho que não merece resposta. É perdida de tempo, e não só para quem está aqui do lado do teclado. Para todos, sendo kwacha, MPLA ou não, é o tipo de coisa que bem merece toda surdez e cegueira. Prestar atenção nesse tipo de falsa é querem pôr a prova as nossas paciências, sabedorias e inteligências.

 

Possivelmente, o autor de tal artimanha, com certeza não é tão burro assim. É simplesmente um incauto desesperado, um típico lusitano que ainda acha que vivemos na época das descobertas do caminho para as índias.


* Nelo de Carvalho, Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. ,
Fonte:
http://blog.comunidades.net/nelo/