Huambo - O ex secretário geral da UNITA, o general Abílio Kamalata Numa, acusou a Comissão Nacional Eleitoral de ter já fabricado dois milhões de votos a favor do MPLA e ameaçou com manifestações através do país se as eleições não decorreram dentro da legalidade.


Fonte: VOA


Numa disse que, se até dia 15, a Comissão Nacional Eleitoral- CNE-  não  garantir que as eleições gerais de 31 deste mês se realizem dentro da lei, o seu partido irá mobilizar o povo angolano para saírem as ruas em todo país para   impedir a fraude eleitoral.


A CNE descreveu de irresponsáveis as acusações do antigo dirigente da UNITA.


Falando a mais 200 mil pessoas na cidade do Huambo, durante um comício eleitoral, Numa advertiu que se a lei não for cumprida o seu partido não irá as eleições, afirmando que, o povo é a força da UNITA e a lei é o seu instrumento de luta.


“ Se até dia 15 a CNE não esclarecer determinadas questões da lei eleitoral vamos nos manifestar,” avisou Kamalata Numa.


A UNITA referiu que a falta de equipamentos que permitam aos presidentes das assembleias de voto transmitir, no final da votação, os resultados para o Centro de Escrutínio, a distribuição no local de cópias das actas de voto aos delegados das formações políticas concorrentes e a realização de uma auditoria "séria e independente" ao sistema e equipamentos centrais de escrutínio, impede a realização de eleições conforme a lei e propicia a fraude.

A CNE considerou como "irresponsáveis e reveladoras de falta de sentido de Estado" as posições do maior partido na oposição e assegurou que nada será feito á margem da lei. Numa chamou a Comissão Nacional Eleitoral de falsa.

“ Aquela CNE é falsa” disse o general Numa, acrescentando que “ estão a dizer que o Ficheiro Central Informático do Registo Eleitoral (FICRE) tem 9 milhões de eleitores e isso é mentira porque naquele FICRE só tem 7 milhões.

“ Vocês vão para as eleições e o MPLA já tem 2 milhões de votos,” disse

Num comunicado, o principal partido da oposição citando a Lei Orgânica Sobre as Eleições Gerais, acusa a CNE de não ter publicado até 31 de Julho os cadernos eleitorais para o escrutínio.

A CNE não publicou igualmente até 30 de Junho a composição, estrutura, organização e funcionamento dos centros de escrutínio e devia ter aberto um concurso público para escolher uma firma de auditoria independente e devia ter completado, até 31 de Julho, a auditoria, os testes e a certificação da integridade dos programas e dos sistemas de transmissão dos resultados, disse.