Luanda - O secretário do bureau político do MPLA para os assuntos económicos, Manuel Nunes Júnior, considerou, em Luanda, sem fundamento e irreal a proposta da oposição de fixar em 50 mil kwanzas (equivalentes a 500 dólares) o salário mínimo nacional.


Fonte: Angop

 
O político contestou essa proposta durante a apresentação do programa de governação do MPLA para o período 2012/2017 num jantar-conferência com jornalistas de diversos órgãos de informação do país.

 
"A oposição, ao fazer tal proposta, está a esquecer um pressuposto básico relativamente ao facto de que ao se fixar este valor se está também a provocar irremediavelmente uma queda da oferta de emprego", sustentou.

 
Segundo o dirigente do MPLA, “quando mais alto for o valor do salário mínimo nacional, mais as empresas terão dificuldades para manter o quadro do pessoal, pois terão maiores encargos financeiros com salários. A oposição está simplesmente a fazer uma proposta populista que pode causar sérias consequências no mercado de trabalho”, salientou.

 
Durante a sua alocução, Manuel Nunes Júnior frisou que o seu partido perspectiva delinear programas capazes de aumentar o rendimento nacional para uma melhor distribuição pelas famílias carenciadas.
 
 
O programa de governo do MPLA tem como eixos fundamentais a consolidação da paz, o reforço da democracia, a preservação da unidade e a coesão nacional, garante dos pressupostos básicos necessários ao desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida dos angolanos.

 
Estabelece ainda como centro da acção o povo e, deste modo, propõe desenvolver formas de interacção entre o Executivo e as forças vivas da nação, envolvendo órgãos de soberania, confissões religiosas, formações políticas, organizações não governamentais, bem como outras sensibilidades da sociedade civil.

 
Nas eleições de 1992, as primeiras realizadas em Angola, o MPLA obteve dois milhões, 124 mil e 126 votos (53, 74%), tendo assegurado 129 assentos na Assembleia Nacional, constituída por 220 deputados. Para o pleito desse ano haviam votado três milhões, 952 e 277 pessoas.
 

No segundo pleito, em 2008, ganhou com quatro milhões, 414 mil e 738 votos (81.64), que corresponderam a 191 lugares no Parlamento. O universo de votantes foi de sete milhões, 213 mil e 246, dos oito milhões, 256 mil e 584 de eleitores inicialmente registados.