A carta assinada pelo seu presidente, Filomeno Vieira Lopes, foi endereçada ao presidente do Conselho de Ministro, ao presidente do grupo parlamentar do MPLA, ao recém nomeado ministro dos Transporte e aos Sindicato dos trabalhadores.

 Na missiva Filomeno Vieira Lopes salienta que, numa altura em que o país vive uma situalção de pós-conflito, e que está empenhada na luta para o desarmamento da população civil, não ficará bem aos olhos do mundo as autoridades angolanas aceitarem que este navio atraque a baía angolana, seguindo exemplo de países como a África do Sul e Moçambique que se recusaram a receber o navio chinês.
 
“Senhor Presidente do Conselho de Ministros, o nosso país que vive uma situação pós-conflito e vem desenvolvendo um programa de destruição de armas e, ademais, tem uma forte componente chinesa em obras públicas e é igualmente responsável do grupo da SADC que observa as eleições no Zimbabwe não deve cooperar em qualquer acto que ponha em risco a paz naquele país”.

“Perante a grave situação que na actualidade vive o povo do Zimbabwe com um processo eleitoral inconclusivo devido ao impedimento da publicação dos resultados eleitorais por parte do Presidente Robert Mugabe a FpD solicita ao Conselho de Ministros que instrua o Ministro dos Transportes da República de Angola a não permitir que o barco chinês atraque no nosso país, sob qualquer pretexto”, escreve o líder da FpD na missiva endereçada as autoridades nacionais.

O navio de nacionalidade chinesa, Na Yue Jiang, foi impedido de atracar em Durban, na passada sexta-feira, dia 18 de Abril. O referido navio carrega armamento, nomeadamente, “milhões de munições de vários calibres, com predominância do calibre utilizado nas espingardas automáticas AK-47, RPG (morteiros com auto-propulsão) e granadas de morteiro.”

É de realçar que a FpD é dos poucos partidos da oposição política angolana, que tem estado atenta aos vários assuntos ligados a vida política nacional e internacional.

Fonte: IAADH