De acordo com o documento, nesta primeira edição do "Grinzane Cavour Literary Prize for África" também foram premiados o queniano Ngugi wa Thiong'o e o nigeriano Ben Oki.

Ondjaki recebeu, no dia 24 deste mês, o prémio das mãos do ministro etíope da Cultura e Turismo, Mohamoud Dirir, numa cerimónia decorrida em Addis Abeba, com a presença de representantes de institutos culturais etíopes e internacionais e escritores africanos.

Os prémios "Grizane" foram criados em 1982 com o objectivo de gerar interesse dos jovens pela literatura. Hoje, esta iniciativa desdobrou-se em versões regionais, entregando prémios em frança, Espanha, Cuba, Rússia, Uruguai e EUA.

A edição africana deste prémio literário será, a partir deste ano, realizada anualmente, passsando por um país diferente em cada ano.

Ondjaki nasceu em Luanda, em 1977. Interessa-se pela interpretação teatral e pela pintura (duas exposições individuais, em Angola e no Brasil).

Participou em antologias internacionais.

Escreve para cinema e co-realizou um documentário sobre a cidade de Luanda (Oxalá cresçam Pitangas, 2006). É membro da União dos Escritores Angolanos. É licenciado em Sociologia. Recebeu no ano 2000 uma menção honrosa no prémio António Jacinto (Angola) pelo livro de poesia Actu Sanguíneu. Em 2005 obteve os prémios Sagrada Esperança (Angola) e António Paulouro (Portugal).

As obras de Ondjaki encontram-se traduzidas em Espanha, Itália, Suíça (Francês e Alemão) e Uruguai.

Tem publicada as obras "O Assobiador", 2002, "Ynari. A Menina das Cinco Tranças", 2004, "Há Prendisajens com o Xão", 2002, "Quantas Madrugadas Tem a Noite, 2004, entre outras.

O seu mais recente romance foi publicado este ano com o titulo "AvóDezanove e o Segredo do Soviético".

Fonte: Angop