Todos os Angolanos ou instituições são menos importantes ou nulas se não incutir ideológica ou socialmente o estilo de vida imposta pela regras das convicções ideológicas do partido que suporta o governo outrora Partido-Estado, MPLA.
Agora com o florescer da paz o que dizer dos que pensam diferente?
A era Partido-Estado terminou e o MPLA aceitou o jogo que rejeitara depois de 27 anos de luta armada mas segundo as palavras do presidente do MPLA, José Eduardo dos Santos, “A emocracia nos foi imposta!!!”.
O Secretário para informação do partido que suporta o governo, Kwata Kanawa, disse recentemente a quando do pronunciamento de inconstitucionalidade da exclusão do voto a diáspora de que o tribunal supremo (revestido de constitucional) não manda mais que o governo e nem no governo. Também muito recentemente o Ministro da defesa de Angola, Kundy Paihama, disse publicamente de que haverá caça as bruxas e não daria mais pistas porque senão não apanham ninguém, quando afirmou e seguidamente contestado de que a Unita ainda possuía paióis de armamento escondidos. Assistimos também um aumento significativo da reorganização dos sistemas de informação a todos os níveis e controlo do exercício das liberdades e garantias tanto no interior assim como exterior, por parte do governo do MPLA.
Da Unita assistimos há um número sem limites de funerais de muitas das suas principais figuras e membros, como foi o caso de Jonas Savimbi, Jeremias Chitunda, António Dembo, General Ben-Ben, General Sabino Sandele entre muitos outros que presto homenagem como humano. Dissidências de figuras como Jorge Valentim, Tony da Costa Fernandes, Nzau Puna entre outros assim como dificuldades em aceder aos meios que se julgam imperiosos para o bom desempenho do seu papel porquanto maior partido da oposição, título conseguido por mérito da luta que travou para a implantação da transição a que todos assistimos hoje em Angola.
Assistimos o cumprimento das suas obrigações no GURN e o desempenho dos seus ministros e membros nas diferentes áreas e o seu posicionamento estratégico com a criação do seu governo sombra. Assistimos campanhas de desinformação dos actos políticos entre outros da Unita por parte de quem de direito e seus agentes espalhados pelo mundo! Assim como indecisões quanto ao brilho político do seu líder.
Parafraseando o Embaixador José Gama “ É necessário que as outras gerações não sejam violentas connosco (entenda-se juventude). Que não encaram os nossos desabafos como afronta”. Considero moral da diáspora quando o Gama diz ainda que “Somos a geração da democracia porque a nossa forma de pensar é diferente. A nossa luta é diferente. Queremos lutar para sermos bons quadros. O bom quadro serve para sempre a sua pátria ao contrário de quem luta para bom cargo.” (fim de citação).
* Nuno Esteves
Fonte: Rádio Xyami