Luanda - O conhecido advogado Sérgio Raimundo poderá abraçar a causa em que a direcção legítima eleita do ASA (Atlético Sport Aviação) reclama a obediência à decisão do tribunal relativamente à gestão do clube, enquanto o processo judicial se encontrar em juízo. O Tribunal está a apreciar «o caso» há cerca de dois anos.

Fonte: SA

Um grupo de 6 sócios, derrotados nas eleições, consideradas legítimas, pacíficas e livres, em Abril de 2012, interpôs, junto do Tribunal de Luanda, uma providência cautelar, que perdura até aos dias de hoje.


Como consequência, o novo elenco directivo eleito, democraticamente, e a sua Presidente de Direcção, eleita de acordo com as normas desportivas do ordenamento jurídico e associativo em vigor, ficaram impedidos de praticar actos de «gestão normal». Para preenchimento do vazio temporário até veredicto final do caso, o tribunal de Luanda decidiu autorizar a Direcção Anterior a praticar os actos de gestão normal. A juíza julgou indispensável assegurar, enquanto decorre a Acção Principal junto do referido tribunal, uma gestão mínima para apoiar o clube nos seus actos correntes.


Contudo, em total desobediência ao despacho da juíza, foram levadas a cabo eleições, sob responsabilidade de apenas um grupo de sócios, encabeçados por Elias José, cujos resultados eleitorais foram rejeitados pelo Tribunal de Luanda em Dezembro passado. Os mesmos, entretanto, vêm praticando actos de gestão sem mandato do Tribunal e sem respaldo jurídico que podem comprometer a permanência do clube nesta 36ª Edição do Girabola 2014 por razões legais.


GOLPE À DEMOCRACIA


Segundo consta, o clube veio a ser alvo de «interferências» externas que em alegada sintonia com alguns sócios, na sua maioria os descontentes, tomaram de «assalto» o ASA e vêm realizando despesas financeiras avultadas sem qualquer controlo,nem fiscalização de um órgão escrutinável.


Numa acção parecida a um «golpe de mão», desobedecendo os tribunais e pisoteando as leis do desporto, eles têm sido reportados a praticar actos que, à primeira vista, podem ser avaliados como condenáveis e não legítimos.


Na Sessão de julgamento do passado dia 3 de Dezembro do ano findo, o «caso ASA» despoletou outros desenvolvimentos, agora sob investigação da DNIC.


SÉRGIO RAIMUNDO O ESCOLHIDO


Caso se concretize o pedido de intervenção dos sócios que pretendem recuperar o clube e assegurar um novo desempenho de assistência jurídica ao clube, o advogado Sérgio Raimundo terá pela frente o ingente desafio de recolocar as pedras no seu lugar, fazer vingar a verdade democrática, ameaçada, e devolver a legalidade na vida desta associação desportiva.


Com a degradação associativa desde que o processo judicial foi desencadeado, o ASA perdeu a sua real mítica e luta sofregamente pela persevação de um lugar no Girabola.