Suíça – O conselheiro da embaixada de Angola junto das Nações Unidas em Genebra, na confederação Suíça, Gaspar da Silva, acusa o embaixador Apolinário Jorge Correia de induzir em erro o ministro das Relações Exteriores, Jorge Chicoty, de exonerar um alto funcionário sem ser ouvido pelo gabinete jurídico.

Fonte: Club-k.net
Embaixador Apolinrio Correia.jpg - 15.61 KBA informação foi assegurada pelo diplomata esclarecendo que, esta exoneração veio a tona devido o acidente de aviação que teve no dia 1 de Julho de 2013, saldando-se em choque frontal contra a sua viatura, e tendo-lhe causado um traumatismo da sua perna direita, seguido de uma dor e de uma impotência funcional.

O relatório médico a que o Club-K teve acesso diz que o balanço do acidente mete em evidência, uma fractura da tíbia e do perone da perna direita tendo necessitado de uma intervenção cirúrgica para a colocação no lugar de parafusos/ prótese centro-medular da tíbia.

Por este efeito, esclarece ainda o relatório médico, o paciente Gaspar da Silva foi hospitalizado na urgência no departamento de ortopedia de 1 a 8 de Julho de 2013, data da sua alta hospitalar para regresso à casa. “Ele me foi levar no hospital e não solidarizou-me comigo e, por trás dizia nas pessoas de que eu estava a fingir, mesmo me vendo em coma”, disse.

O diplomata que já passou em várias missões diplomáticas e que nunca teve problemas com os outros, começou a ter sérios problemas com o seu chefe Apolinário Jorge Correia, por este exigir a entrega de uma viatura protocolar, assim como o subsídio de instalação que nenhum funcionário se beneficiou, assim como também de outras regalias que a lei lhe confere e o embaixador usurpa todo e, nenhum funcionário tem seguro. Só começaram a terem seguro depois do seu acidente no dia 1 de Julho de 2013.

“Devido o meu acidente, a peritagem policial deu-me razão, e o seguro deveria indemnizar-me um valor de três milhões de dólares norte-americano e, face ao valor o embaixador Apolinário Correia me quer ver fora da Suíça para ficar com os valores em causa. O embaixador impediu também a asseguradora de pagar o meu seguro”, revelou.

Adiantando ainda que, por lei constituiu um advogado na Suíça e todos eles começam com a acção legal, tempos depois desistem, “porque o advogado constituído pelo embaixador Apolinário Correia é para litigar contra mim e, não para me defender, conforme o estatuto do diplomata angolano”. 

Segundo o denunciante, o embaixador veem o ameaçando e, tem influenciando os advogados para retirarem-se da sua causa para beneficiar o cidadão suíço Pellaton Christian para não ser apresentado em tribunal, como culpado, “mas também orienta os mesmos advogados para que intervenham com provas contra o próprio mim (conselheiro) adulterando assim os dados oficiais fornecidos pelas autoridades suíças que me dão razão conforme constam do relatório policial”.

Gaspar da Silva diz que durante e depois da hospitalização, a embaixada nunca o apoio e, tinha de ser ele próprio a custear as despesas. “Quando morreu a minha mãe, falei com o embaixador para me entregar o subsídio de óbito, ele apenas me entregou o bilhete de passagem e nada mais, como também mandou marcar faltas por ausência no local de trabalho até aos fins-de-semana”, garantiu.

Conforme o documento a que tivemos acesso, o diplomata custeou do seu próprio bolso os valores e, escreveu a direcção do MIREX e estes deram-lhe razão, mas em contra partida, nunca lhe foi reembolsado o referido valor. Este facto levou-o a considerar, esta atitude, como uma afronta contra a sua pessoa.

Devido a falta de profissionalismo do embaixador Apolinário George Correia e, de forma como tratou do seu caso, depois do acidente de viação sofrido, o conselheiro Gaspar da Silva afirma nunca ter visto o embaixador e nem tão pouco recorda-se de entrar em brigas ou imbróglio contra este, uma vez que as suas capacidades físicas nunca o permitiram devido a grave lesão sofrida nem tão pouco.

O interlocutor do Club-K diz que não se lembra ter recebido das autoridades suíças uma notificação para apresentar-se como réu nos autos,  mas sim como declarante queixoso e lesado. Adiantou também que devido os maus-tratos e adulteração da documentação oficial fornecida pelo embaixador, endereçou uma carta ao secretário de Estado para os Direitos Humanos, Bento Bembe, em que este alertou junto do ministro George Chikoty sobre a exoneração a que foi vítima.

O governante alega que “os agentes diplomáticos não devem ser demandados em processos judiciais no Estado acreditador, visto tratar-se de um acidente e ninguém esta livre que tal aconteça, independentemente da culpa, deste modo, o fundamento desta exoneração não pode ser invocado por este motivo”.

O Secretário de Estado para os Direitos Humanos avança no seu parecer que o conselheiro poderia vir a ser exonerado, caso se verificasse que este não possuía, mas as capacidades necessárias para o cumprimento da missão que lhe foi confiada.

Como sugestão, Bento Bembe sugere que o embaixador Apolinário George Correia, deveria ajuda-lo na questão legal, para que possa receber toda a indemnização e toda assistência médica medicamentosa que tem direito e, caso a exoneração se mantenha que seja de acordo com a lei e, que este receba todos os benefícios a que tem direito para que possa viver com dignidade que um diplomata merece.

“Mesmo com os pareceres a meu favor o embaixador Apolinário Correia na sua forma de procedimento e, actuação junto das autoridades suíças foi-me emitido carta de expulsão da missão permanente para que este não receba qualquer indemnização, nem beneficie de qualquer assistência médica medicamentosa como forma de o mesmo (embaixador) beneficiar-se de todos esses direitos. O embaixador acha que eu devo repor para as suas contas pessoais os valores e benefícios que eu como conselheiro recebi sem trabalhar”, alerta.

Este portal contactou o embaixador Apolinário George Correia, mas os seus contactos estavam sempre indisponíveis.

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