Luanda - O governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano, assegurou, em Luanda, não haver escassez de divisas no mercado formal de economia, porque semanalmente o Banco Central tem estado a disponibilizar valores que satisfazem as necessidades dos agentes económicos.

Fonte: Angop

Segundo o governador do BNA, que falava à imprensa depois de um encontro que manteve com líderes de associações empresariais angolanas, a economia está num curso de estabilidade e há um conjunto de medidas que vem sendo tomadas que visam a manutenção e a sustentabilidade deste quadro, que é o processo de desdolarização de economia, que iniciou há quatro anos.

Para o gestor do BNA, é natural que perante alteração de qualquer regra os agentes económicos experimentem uma ou outra dificuldade, olhando para o actual quadro, quer as reservas internacionais líquidas do país, quer na oferta de cambiais que se vai fazendo entende-se estar num curso de estabilidade.

“Não há qualquer crise, porquanto temos estado a colocar mais moedas, porque nos apercebemos que havia um crescente a nível da procura que, num momento em que algumas entidades que vinham vendendo, com regularidade, moeda à economia, concretamente no sector petrolífero, terem reduzido ligeiramente e o BNA entendeu acrescentar divisas devido a alguns atrasos no sistema”, explicou.

Nesta altura, acrescentou, apraz dizer que o mercado está tranquilo e sereno, apesar de, a nível do mercado informal, o BNA continuar a observar algumas diferenças e sobre este mercado o que importa dizer é que nos últimos tempos tem diminuido a sua expressão na economia nacional, ganhando maior espaço o mercado formal cambial.

De acordo com Lima Massano, pese embora o cenário de maior apreciação de Kwanza no mercado informal se continua a registar uma estabilidade geral de preços na economia, daí que os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam num inflação de 6,9 porcento, no mês de Maio, seja o mais baixo de sempre.

Deste já, acrescentou, a preocupação da maior instituição bancária do país é com o cidadão que ainda recorre ao mercado informal para obtenção de divisas. “O conselho é que os mesmos junto da banca comercial melhorem a sua relação e usem todos os meios neles disponíveis para efeito” - disse.

Reiterou que não se regista uma carência de divisas no mercado formal, mas sim menos notas no mercado informal, e isso ressente-se eventualmente a alguns cidadãos que queiram viajar para o exterior.

Nestes casos de deslocação ao exterior, acrescentou, o BNA tem estado a incentivar o uso de todos instrumentos de pagamento que hoje estão à disposição de todos, como são os cartões de débitos, os pré-pagos de marca internacional e os de crédito.