Malanje - Três membros da chamada União de Activistas das 18 Provinciais (UA18P) foram detidos na tarde deste Domingo defronte ao minimercado Shoprite na cidade de Malanje por efectivos da Polícia Nacional quando pretendiam manifestar-se a favor da reposição do 4 de Janeiro “Dia dos Mártires da Repressão Colonial” como feriado nacional.

*Isaías Soares
Fonte: VOA

O dia assinala a data do massacre de Cassanje durante o tempo colonial mas agora os activistas incluem várias outras reivindicações, incluindo nomeações para cargos províncias, quantias em dinheiro e apartamentos.

Ao decidir proibir as manifestações o Governo Provincial de Malanje refere num comunicado de imprensa que não é de sua competência a aprovação e revogação de leis e, afirmando não havendo razão suficiente para a reclamação ao abrigo da Lei 10/11, da data de celebração nacional proibiu a manifestação.

“Quaisquer tentativas de perturbação da ordem e tranquilidade públicas merecerão o devido tratamento pelos órgãos policiais e judiciais competentes” disse o comunicado que acrescentou:

“Desta forma, a realização dessa manifestação é claramente ilegítima e os seus agentes deverão ser responsabilizados”.

O activista João Canda detido Domingo à frente do segundo grupo de manifestantes no quadro das três marchas convocadas para os dias 14, 15 e 16 deste mês, Sábado, Domingo e amanhã Segunda-feira, estendeu as manifestações a outras questões que não a reposição do feriado.

“Interesses pessoais não têm, o povo malanjino precisa de emprego, a juventude precisa de emprego, a juventude não tem emprego, se tiver emprego é aquele de se escolher, aquele é sobrinho do chefe X, aqueles é que são integrados, aqueles que não têm conhecimento mas são inteligentes mais do que os sobrinhos são posto de lado”,disse.


No Sábado os efectivos policiais detiveram igualmente no mesmo local a primeira equipa de cinco indivíduos da União de Activistas das18 Provinciais liderados pelo activista António Caquienze Duck.

Quanto a esse grupo uma fonte policial garantiu que estão a ser ouvidos na Direcção Provincial de investigação Criminal para posterior apresentação ao Ministério Público.