Liderado por Yannick Ngombo, o seu vocalista principal e único fundador ainda no activo, o grupo fez história com um repertório de 20 canções, superando o record protagonizado em 2008, no mesmo espaço, pelo "sembista" e também popular músico
Paulo Flores.

Dados oficiais da produção do espectáculo, considerado por muitos fãs e homens de cultura como "o melhor já feito" em Angola depois da independência, por um artista local, apontam para mais de 22 mil espectadores, contra os quase 21 mil "arrastados" por Paulo Flores.

Em noite de inspiração, Yannick apresentou os maiores sucessos de uma carreira que se iniciou há quase duas décadas, numa actuação de "encher os olhos", inserida nas festividades do 04 de Fevereiro, Dia do Início da Luta Armada.

Compositor de "mão cheia", o rapper que teve como convidados Yola Semedo, Ary, Big Nelo, Paul G, Konde, Totó, Army Music, Agre G, Lambas e o Ballet Tradicional Kilandukilu, explorou todos os temas do seu disco de estreia "Mentalidade", além de outros que o tornaram conhecido no movimento hip-hop ainda na década de 90.

“1, 2, 3”, “Tá Calor”, “Vai e Vem”, “Levanta”, “A Luta”, “Vencedor”, “Ser Mulher”, “Estou a Desconfiar”, “Possas”, “Pesadelo”, “Algo em Comum”, “Traz Azar” e “Mentalidade” fizeram-se ouvir no colorido palco dos Coqueiros, e quase todas elas foram acompanhadas pela "energética" plateia do princípio ao fim.

O público suportou filas quilométricas para ver em acção o "novo fenómeno" da música nacional, que disse, no final da actuação, ter concretizado um sonho de longa data.

Para muitos espectadores que se dirigiram ao local depois das 16:00, as três portas de entrada do estádio ficavam a exactos mil metros. Ainda assim, resistiram às filas.

Pelo menos sete pessoas receberam assistência do corpo de bombeiros e dos médicos em serviço no local, alguns dos quais levados ao hospital. Este é um incidente raro em espectáculos nacionais, mas a organização assegurou que todos se recuperaram.

Fotos: http://www.dinocross.blogspot.com/

Fonte: Angop