Discursando no Forúm dos Países do Golfo e de África, que decorre à margem do encontro de peritos da Comunidade de desenvolvimento da Àfrica Austral (SADC), Aguinaldo Jaime referiu-se à estabilidade política e macroeconómica de Angola, como factores essenciais para a atracção de investimentos.

De acordo com o coordenador da ANIP, as reformas empreendidas nos últimos anos, nomeadamente a aprovação de novas leis sobre o investimento privado, "complementadas por acordos de protecção recíproca", oferecem boas condições para o empresariado externo.

Segundo Aguinaldo Jaime, em funcão da estabilidade política, reforçada pelas eleições legislativas de 2008, o Governo angolano está a implementar uma série de medidas para a diminuição da pobreza e a melhoria das condições de vida das populações.

O responsável pontualizou os representantes dos países do Golfo e de África sobre os resultados positivos, quer ao nível político como ao nível económico, registado em Angola desde 2002.

Em entrevista à Angop, após a reunião, Aguinaldo Jaime disse ter pormenorizado os últimos desenvolvimenos de Angola, com particular realce para a estabilidade política, confirmada pelas últimas eleições, em que "os angolanos deram mostras de grande maturidade".
 
Aguinaldo Jaime recordou, a esse respeito, que o pleito decorreu "sem grandes incidentes e os resultados foram aceites por todas as partes e pelos observadores internacionais".
 
"Angola tem um sistema financeiro sólido e moderno, a inflação está numa fase decrescente, as finanças públicas estão em ordem e tem um quadro macroeconomico favorável ao investimento e ao crescimemto", asseverou o coordenandor.
 
Paralelamente, sublinhou o interlocutor, foi adoptado o sistema "one stop shops" (lojas de uma só paragem) como a ANIP e o Guiché Único da Empresa, que permitem a aprovação de investimentos e a constituição de empresas num único espaço fisico, portanto, de um modo menos burocrático e menos complexo.
 
Em relação à crise financeira, Aguinaldo Jaime considerou que, mais do que uma ameaça, tem sido uma oportunidade para que os investidores estrangeiros apliquem os seus capitais em Angola.

"Sinto que há investidores, que confrontados com a incerteza de muitos mercados, vêem no mercado angolano uma boa alternativa para aplicar os seus capitais e o seu know how", acrescentou a fonte.

"Significa que as políticas angolanas são reconhecidas como correctas e que Angola é um bom país para se investir", finalizou.

Fonte: Angop