Luanda - Funcionários séniores  afectos a direcção geral da TPA  revelam-se  inseguros e/ou  amedrontados com a provável entrada de Tchizé dos Santos como  futura coordenadora da comissão de gestão da televisão angolana anunciada recentemente,  em reunião interna,  pelo Ministro Manuel Rabelais.

O receio ou medo com que apresentam, é no seu meio,  justificado em duas argumentações; a saber:

 - A jovem gestora entrara com o seu elenco formado por jovens (A semelhança do que aconteceu no Canal 2) ao que equivale alguma manobra de afastamento de alguns profissionais ligados a actual administração 

- Invocam que Tchizé dos Santos é filha do mais alto magistrado da nação e que  em caso de reivindicações de salários ou  melhorias (semelhante a que os trabalhadores da RNA enfrentam), os funcionários da televisão,  não terão por onde se queixar.

O segundo ponto é justificado com recurso a exemplos dos quase  20 anos do consulado, de Carlos Cunha, o ex Director Geral cuja gestão é lembrada com remorso. Cunha fazia-se próximo ao palácio presidencial. Segundo os reclamadores, a sua gestão apresentava característica de privatização da empresa em seu favor (Nos dias de hoje existe na TPA empresas de prestação afectas a Carlos Cunha). Os quadros sentiam-se, prejudicados,  em termos de promoção ou ascensão. Dos seus colaboradores mais direitos, apenas Nelson Rosa beneficiou algumas regalias. N Rosa era na pratica o “cérebro” da gestão no que concerne a informação. É um quadro com aceitação interna e descrito como competente.

Face aos receios os funcionários da estação de televisão denotam as seguintes reacções:
- lamentações e questionamento sobre o seu futuro.
 - Recusam apresentar-se,  na empresa com as viaturas oferecidas/dadas pela TPA com o receio de que a futura comissão de gestão liderada por Tchizé dos Santos, peça de volta.

 A ideia de se criar uma comissão de gestão para TPA partiu por efeito de uma simulação de crise fruto de interferências do Ministro Manuel Rabelais na gestão da TPA e da RNA. Os trabalhadores da RNA reclama por salários cujos destinos se desconhece. A cerca de duas semanas, o Ministro orientou o DG da TPA e da RNA ausentarem do pais, para atenuar as pressões. Fernando Cunha partiu para Portugal e Eduardo Magalhães para África do Sul. Ambos, como se diz na gíria, serão “sacrificados” em favor da imagem de Rabelais.

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Fonte: Club-k.net