Lisboa  - A acusação do Ministério Público contra Lula da Silva por negócios em Angola foi aceite e o antigo presidente brasileiro é constituído arguido pela terceira vez.

Fonte: Publico

É a terceira vez que o antigo Presidente brasileiro, Lula da Silva, é constituído arguido. Agora, em resposta a uma acusação do Ministério Público Federal que denunciava práticas criminosas ocorridas entre 2008 e 2015, o juiz federal Vallisney Souza Oliveira decidiu que há matéria para investigar judicialmente o ex-Presidente brasileiro por corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa e tráfico de influência, dá conta a imprensa brasileira.

 

Na passada segunda-feira o Ministério Público tinha revelado, em comunicado, que estas “práticas criminosas ocorreram entre, pelo menos, 2008 e 2015 e envolveram a actuação de Lula [da Silva] junto do Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES), e de outros órgãos sediados em Brasília, com o propósito de garantir a liberação de financiamentos pelo banco público para a realização de obras de engenharia em Angola”.


Além do antigo governante foram acusadas outras dez pessoas, incluindo o empresário Marcelo Odebrecht e Taiguara Rodrigues dos Santos, sobrinho de Lula da Silva.

 

O juiz justifica a decisão de formalizar a investigação por se tratar de uma “denúncia plenamente apta, não se incorrendo em qualquer vício ou hipótese que leve à rejeição, até por descrever de modo claro e objectivo os factos imputados aos denunciados, individualmente considerados, em organização criminosa, lavagem de capitais e corrupção”.