Brasil - A morte de Fidel Castro está sendo lamentada por líderes mundiais e pela população da ilha caribenha, mas em Miami, na Flórida, milhares de cubanos exilados celebraram o falecimento do ex-presidente. Uma multidão saiu às ruas da cidade americana logo após o anúncio. A esperança é que sem Fidel, Cuba tenha uma maior abertura democrática.

Fonte: Jornal Extra

— Eu estou derramando lágrimas esta noite, mas lágrimas de alegria — disse à CNN Armando Salguero, colunista do Miami Herald. — O inferno tem um lugar especial para Fidel Castro e existe uma vaga a menos no inferno esta noite.


Centenas de exilados se reuniram no Café Versailles, conhecido por já ter sido cenário de protestos de cubanos. Imagens divulgadas por emissoras americanas mostraram os exilados comemorando, brindando com champanhe e agitando a bandeira de Cuba. Aos gritos de “Cuba Livre”, os exilados chegaram a fechar a rua 8, principal via da Pequena Havana.


— É triste que alguém se alegre com a morte de uma pessoa, mas é que essa pessoa nunca deveria ter nascido — disse Pablo Arencibia, cubano de 67 anos que deixou a ilha há 20.


A celebração recebeu apoio de americanos.


— É um grande momento para a comunidade cubana, e estou com eles — disse Debbie, americana nascida na Flórida. — Vivo na Pequena Havana e isso é parte de nossas vidas. A comunidade está sempre unida.


Em entrevista à agência EFE, Ramón Saúl Sánchez, líder do grupo de exilados Movimiento Democracia, definiu o fato como a morte de um “tirano”, mas não acredita que isso represente “a liberdade do povo de Cuba”.


Pelo Twitter, a opositora Yoani Sánchez também celebrou a morte de Fidel:


‘Não está... Se foi... Conseguimos sobreviver a Fidel Castro”, escreveu Yoani.