Não temos nada contra, até porque acompanhamos o ano passado o desempenho desta repórter do único diário do país e achamos que nutre todos os requisitos que a levariam a receber tal prémio. A título de exemplo, apraz-nos aqui recordar o quão maravilhosa foi a reportagem sobre as mulheres que lutam para deixar de serem toxicodependente, intitulada; Droga: Mulheres em reabilitação.

A gala de premiação organizada pelos dois filhos do Presidente da República, nomeadamente, José Eduardo Paulino dos Santos (dono da agência Semba Comunicação) e Tchizé dos Santos Pegô (proprietária da  empresa Westside) decorreu num ambiente festivo que se prologou até as primeiras horas da madrugada de sexta-feira.

A actividade correu lindamente, segundo o relato de alguns participantes, mas a organização terá pecado em não tornar público a quantidade de votos arrecadado. Visto que a população ficou sem saber quantas pessoas votaram, quem foram os mais votados e que diferença de votos separou os candidatos.

Antes, os presentes que deram "corpo" à colorida cerimónia, foram brindados com um espectáculo de dança que esteve a cargo de quatro bailarinos do projecto de promoção cultural Bounce e dos cantores Kizua Gorgel e Canícia. Os dois últimos interpretaram os temas "Angola 35" e "Não Posso, Não Quero".

O professor universitário, jurista e porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Adão de Almeida, foi a primeira personalidade distinguida com o galardão, na categoria Destaque Académico, batendo na concorrência o também docente Cremildo Paca.

Num breve pronunciamento, agradeceu pela escolha, deixando claro que não fez, ao longo de todo o ano findo, qualquer actividade com o intuito de ganhar prémios.

Depois foi a vez do jurista e deputado João Pinto a receber o prémio, na modalidade Política e Sociedade, onde teve como oponentes os também parlamentares Emília Carlota e Sérgio Luther Rescova Joaquim. 

A comunicóloga Josina de Carvalho disputou o troféu de figura da comunicação social com a radialista Mara Dalva, da Rádio Nacional de Angola,  Mariano Brás, do Semanário A Capital,  Mário Vaz, da Televisão Pública de Angola,  e com o apresentador da mesma emissora, Pedro Nzaji. 

Na modalidade de Desporto, o prémio coube ao poste da equipa principal de basquetebol do 1º de Agosto, Joaquim Gomes Kikas, eleito numa disputa directa com a andebolista Nair Almeida e os futebolistas Pedro Mantorras e Manucho Gonçalves.

No discurso de agradecimento, Kikas considerou que esse tipo de iniciativas ajuda a projectar a juventude angolana, tendo dedicado o troféu aos colegas da equipa "militar".

A quinta categoria foi ganha pelo realizador de cinema Henrique Narciso "Dito", que venceu o galardão de mais destacado nas Artes, onde disputou com o artista plástico Hildebrando Melo, a bailarina Cilana Majenje e o escritor Ondjaki.
 
Chamado a agradecer, dedicou o prémio a sua esposa e aos amantes da sétima arte.
Por sua vez, a classe do Entretenimento foi ganha pelo humorista Pedro Nzaji, o único a concorrer em duas categorias, que superou a concorrência dos actores de televisão e teatro Nelo Jazz (Papa Ngulo), Vanda Pedro (Luena) e Cesalty Maiato Paulo. Certamente o “kota Chalado”, como carinhosamente é chamado pelos luandenses, sente-se mais aliviado por ter recebido um prémio a sua altura.

Pena que os “guardiões do jornalismo angolano” não tiveram a audácia de se pronunciarem a cerca da inclusão de Pedro N´zaji na categoria dos profissionais de comunicação social. É chegada a altura de se diferir quem é quem. Separar os jornalistas dos apresentadores de programas radialistas e televisivo. A equipa de jurado do prémio Mabock de Jornalismo tem marcado passos significativos para proceder tais separações, através das suas mais diversas categorias.

O vencedor dedicou o prémio à sua esposa e ao colectivo de trabalhadores da Televisão Pública de Angola, onde é o rosto visível do programa Hora Quente.

A organização surpreendeu positivamente a sociedade luandense ao distinguir ainda alguns estudantes universitários que se destacaram nas diversas universidades públicas e privadas do país, antes de chamar ao palco o director de Investimentos do Banco Africano de Investimento (BAI), David de Carvalho, vencedor da modalidade Economia e Negócios.

Pelo surge a necessidade de acções do género abarcarem personalidades do país inteiro e não limitar-se apenas aos habitantes de Luanda, que de uma forma ou de outra são sempre os mais beneficiados neste tipo de actividades. 

O vencedor, que dedicou o prémio ao grupo de trabalho daquela instituição bancária, concorreu com o secretário geral do Ministério da Economia, João Kipipa, o director nacional do Tesouro, Armando Manuel, a directora geral do grupo Cosal, Andreia Machado, e com o director jurídico do Banco Besa, António Monteiro.

Para a modalidade Música, o troféu foi atribuído ao rapper Yannick Ngombo, do grupo Afroman, que concorreu com Matias Damásio, Ary e Yuri da Cunha. O vencedor dedicou o prémio aos fãs e aos seus pais que se encontram adoentados.

Os organizadores, como já é habitual, voltaram a surpreender o seu pai ao atribuir o Prémio Carreira, que foi recebido em sua representação pelo chefe da Casa Civil, Frederico Cardoso, que leu uma comunicação do Chefe de Estado dirigida à organização.  
Além de testemunharem as distinções, nas diversas categorias, os presentes acompanharam a actuação de vários artistas renomados no "music hall" nacional, entre os quais, Dodó Miranda, Yola Araújo, Erica Nelumba, Ary, Bruno M, Pérola, Yuri da Cunha e Yannick. A este último coube a missão de encerrar a gala com quatro números do seu álbum de estreia.  
 
Fonte: Tribuna da Kianda com Angop