A Comissão criada tem duração de 6 meses para desafogar a emissora nacional da crise e reportar periodicamente ao próprio Ministro.

Rabelais volta a ter RNA nas mãos

No entender dos analistas, a colocação de Sacramento como responsável da comissão de gestão corresponde a devolução da RNA nas mãos do próprio Ministro.

Embora Eduardo Magalhães seja agora visto como o rosto da crise na empresa, internamente há a partilha de apreciações segundo a qual o próprio Ministro é o principal responsável da mesma por efeito das interferências e o exercício de usurpação de poderes, apontados como:

 - Ainda mantinha Gabinete na empresa na qual era usado no período de tarde
 - Interferências visíveis na gestão de Eduardo Magalhães na qual não agia sem a consulta do mesmo.
- O responsável pelas finanças é um quadro da sua confiança indicado por imposição de Rabelais .
 - Empresas que fazem prestação a Radio são apontadas como suas (Agencia de Viagens de apoio as deslocações trabalhadores)
- Há conhecimento de desabafos de Magalhães segundo ao qual " o chefe sabe qual é a fonte da crise da empresa "
- uma “inspecção clandestina”  detectou que dos funcionários da Radio, cerca de 12 % não correspondem ou não tem ligação com a empresa mas estão inscritos na lista de salários.

Por altura da pressão que recaia sobre a Radio devido aos dois meses de ausencia salários, o DG Eduardo Magalhães deslocou-se a Portugal, a 6 de Março, sob orientação de Rabelais que o aconselhou a ausentar-se do pais de modo a esfriar as manifestações internas. A atitude alimentou interpretações de que o destino incerto dos salários era do conhecimento dos dois Na mesma senda, Rabelais teria pedido ao DG da TPA,Fernando  Cunha para assumir publicamente uma inesistente crise na emissora de TV estatal em resultado de falta de salários não pagos ao que esse negou respondendo que os salários da TPA estavam actualizados. O Ministro tomou a resposta de Fernando Cunha como afronta e reuniu os quadros seniores na ausência do mesmo notificando que estaria a preparar o seu afastamento por alegadas desobediencias.

Dentro do MPLA, há considerações menos boas em conformidade com as reclamações que os quadros da comunicação fazem ao que levou ao afrochamento das alianças que Rabelais inicialmente mantinha. Deixou de ter apoio de Tchizé dos Santos, a jovem deputada que é citada pelos seus próximos como tendo despertado que Rabelais estaria a usa-la pondo-a na gestão da TPA. (Criaria problemas na imagem da jovem que seria vista como estando no posto por trafico de influencia)

Fonte: Club-k.net