Joanesburgo - Eram cerca de 11h da manhã de Sábado quando um público aguardava no aeroporto de Bissau pelo lider do PRS, Koumba Iala que regressava dos Marrocos para participar nas eleições presidencias antecipadas a 28 de Junho, na sequência da morte do Presidente Nino Vieira, a 2 de Março.  O homem do “Barrete vermelho” teria chegado  horas mais tarde, num avião que conscidenctemente trasportava, o capitão  Zamora Induta,  actual chefe de Estado Maior do Exercito.

Sem musica e sem barulho, Koumba foi acompanhado por um cortejo ate a sede do seu partido e de seguida rumou para o cemitério municipal para render homegem a Nino Vieira e a de Baptista Tagme Na Waie, ambos assassinados, em circuntancias por se esclarecer. 

Depositou duas coroas de flores na campa de ambos. Pediu um minuto de silêncio para prestar uma sentida homenagem. “Koumba Yala não conseguiu conter a tristeza, nem esconder as lagrimas” conta o jornalista Aly Silva no seu blog, notando que  “Koumba subiu e muito na consideração dos milhares de apoiantes do ex-presidente Nino Vieira”
 
Koumba que concorre com cerca de 13 candidatos afirmou  a impresa, antes de ter partido para o cemitério, que não tem adversários políticos as eleições presidencias. “eu considero, neste momento  crucial, que não tenho nenhum adversário político para enfrentar na candidatura do PRS para as presidencias ”, disse Koumba no aeroporto.
 
“Isto por  uma razão muito simples, é preciso saber fazer política porque  é uma arte muito complexa, não é por acaso que se chama a isso ciência política”, explicou acrescentando que “nem toda a gente aqui que faz política passou por essa area”.
 
Koumba Iala que lidera o maior partido da oposição tem estado a viver em Dacar. Esta é a quarta vez que se desloca ao seu pais desde que em 2005 foi derrubado do poder pelos militares e após ter participado nas eleições presidencias em que saiu vencedor Nino Vieira a quem apoiou na segunda volta. O Primeiro regresso a Bissau ocorreu em 2006 para participar no congresso do partido que o elegeu como lider e a segunda vez em Junho para se converter ao islamismo.  A terceira ocorreu em Outubro para participar na campanha eleitoral para as eleições de Novembro.
 
Embora admita que não tem adversario, o Presidente do PRS  terá como principal opositor nestas eleições o candidato oficial do PAIGC, Bacai Sanha. Koumba é conhecido pela sua retorica razão pelo qual a receios, por parte dos seus adversário,  de que o mesmo consiga convencer as massas a votarem para si. Apresenta também a vantagem de mobilizar a população Islamica  que anda pelos 45% da população.
 
“Se ele conseguir, para alem desses votos, algum apoio entre os cristãos e os tradicionais, será eleito, sem qualquer sombra de dúvida” refere uma fonte guineense que considera ser uma “medida esperta, a dele, ter-se convertido ao islamismo.”
 
No dia a seguir a sua chegada, o político encontrousse com Carlos Domingos Gomes (pai do primeiro Ministro), membro do conselho de Estado. Observadores locais consideram ser um bom sinal. Carlos Gomes é um histórico nacionalista e empresário reconhecido pelo papel que teve na angariação de fundos para a luta do PAIGC, contra o antigo regime colonial na decada de 70.

*José Gama
Fonte: Club-k.net