Luanda - O âmbito territorial da cidade de Luanda, situa-se na parte sitentrional e ocidental do país e a sua loclização geográfica que nos é fornecida, pelas seguintes coordenadas:


o extremo  setentrional está situado no ponto casucata (58,58) entre o municipio do Cacuaco e a provincia do Bengo do cacuaco e a provincia do Bengo 08º37`30`` de latitude sul e 13º24 `06`` de Longitude Este.
O extremo meridianal está situado na desenbocadura do rio Kwanza entre o municipio de Viana e provincia do Bengo a 09º20’44’’, de latitude sul e 13º24`06`` de Longitude Este
O extremo oriental está situado no limite entre a provincia do Bengo e o Μunicipio do Cacuaco a 08º50´55´´ de Latitude Sul e 13º37`58`` de Longitude Este
O extremo ocidental encontram-se situado no Μunicipio da samba, bairro do Μussulo a 09º04’33 de Longitude Sul e 12º 59’42’’ de Longitude Este.
 

Os limites da provincia de Luanda são para o Norte, Este e Sul com a provincia do Bengo e pelo Oeste com o oceano atlântico, a superficie do âmbito territorial da provincia de Luanda é da 2,41,78 km quadrados, que representa 0,19٪ da superficie do território.

Toda gente que reside, ou que por cá venha a passar, fica com a desventrada impressão de que dia após dia, as crescentes dificuldades relactivamente a indigerivel circulação rodóviária da cidade de Luanda, pela sua dinámica, e o seu cosmopolitismo, têm nos brindado com a diminuição progressiva dos tão cubiçados lugares de parquemento para os veiculos, sem falar como é obvio, do decréscimo constatável pela falta de estradas para a circulação das viaturas, só náo sabemos se estas parcas, mais benignas estradas hão de coabitar com a nova remessa de autocarros públicos no parque automovel da cidade.

Nas chamadas horas de ponta, que tradicionalmente eram constaveis na cidade da Kianda, facto que serviu de pretexto na sustentação dos programas radiofonicos da eclética Rãdio Luanda, haviam sido determinadas apartir das 12 horas e 30 minutos. Hoje por hoje, em Luanda todas as horas são horas de ponta, salvo excepção dos Dimingos e aos feriados. As disponibilidades de tempos úteis, se têm quanto a nós agravados de tempos em tempos, tendo como consequência, o crescimento demográfico da população que ocupa este espaço fisico, economico e social da chamada zona metropoloitana de Luanda, cujos feitos sucedem quotidianamente na cidade capital de Angola, pelo facto de haver a explosiva, e cobiçada disputa demográfica desta urbe.

Desde largas decadas, que os problemas da vida urbana em Luanda tendem a evoluir de forma exponêncial, enquanto que a disponibilidade dos recursos humanos e tecnicos para solucionar e gerir os mesmos, numa gestão ritmica, tem se apresentado algo titubeante.

Verificou-se que desde 1940, Luanda tem tido uma duplicação da sua população todos os dez anos, com cerca de 61000 habitantes, a cidade da Kianda atingiu a cifra galopante de 1 milhão de residentes, e apõs 43 anos, melhor dito em 1983, ainda segundo o INE, Luanda quase que quadruplicou (passando de 948 000 habitantes no censo de 1983, para cerca de 3.200.0000, in INE em 2000)   


      

O processo de urbanização a escala mundial iniciou com a revolução industrial, com o desenvolvimento tecnológico, dos meios de comunicação e dos transportes e com a expansão da economia de mercado. Na África Subsaariana a sua expressão da economia de mercado a sua expressão era reduzida até meados do século XX, só a partir de então, o crescimento urbano começa a acelerar ininterruptamente, duplicando a população urbana desta região do mundo, na segunda metade do século XX. Esta aceleração recente do crescimento urbano africano resulta de uma conjugação de factores de repulsão do mundo rural e de atracção do mundo urbano, que se enquadram nas transformações das economias mundial e nacionais e se relacionam com politicas de desenvolvimento rural contraproducentes, com guerras e catástrofes naturais (Vennetier 1991). 


As transformações politicas e económicas a guerra civil prolongada constituíram factores relevantes no afluxo de rurais às duas capitais, enquanto nos países industrializados, nos séculos XVIII e XIX, a explosão demográfica e urbana ocorrem na mesma região do mundo em que se assistia à explosão tecnológica, hoje, como sublinha Sousa Santos ( 1994: 248), aquela ocorre nos países do Sul enquanto esta prossegue no Norte desenvolvido. O crescimento urbano acelerado na África Subsariana que eclode nas duas últimas décadas do milénio já não anda associado ao desenvolvimento industrial, mas ocorre, pelo contrário, em contexto de grave crise económica e social favorecida pela afirmação das politicas económicas neoliberais a nível global e pela aplicação desajustada das politicas emanadas dos países desenvolvidos ( Galbarith 1984, Osmont 1995, Rakodi 1997)


Nos países periféricos encontramos num pólo as pequenas bolsas centrais e urbanizadas das urbes, onde residem as classes com maiores recursos e com acesso aos padrões de vida e de consumo vigentes no Norte, particularmente expressivas e concentradas nas capitais, e, no outro as extensas áreas peri-urbanas e k vasto território rural onde vive em precárias condições a maioria da população. 


A rapidez a escala do crescimento urbano africano, introduziu novos padrões de urbanização, uma maior interpretação do urbano, do peri-urbano e do rural, numa complexidade, diversidade e heterogeneidade crescentes, em situação de globalização competitividade das cidades, desindustrialização e informalização económica. Neste contexto, o crescimento acelerado e, a concentração urbana, não sendo a acompanhados pelo correspondente do desenvolvimento urbano nem pelo aumento, da capacidade financeira e técnica da gestão pública municipal e ambiental, contribuem, tal alguns autores sublinham reiteradas vezes, que para a degradação dos serviços sociais, das infra-estruturas e da habitação, quadro indicador e reprodutor da pobreza que as conjunturas desfavoráveis têm agudizado (in Opprenheeimer, Carvalho e Raposo 2003)

As novas modalidades de gestão urbana, que desde 1990, estão orientadas pela reforma liberal, assentes na redução da intervenção do estado, na descentralização, na democratização e no papel crescente do sector privado e da sociedade civil como é obvio, incluindo uma grande diversidade de dispositivos variados ao nível da redistribuição e da coesão social (Jaglin 2007). O aparecimento de novos actores com acções territorializadas, não o garante em si de uma regulação de conjunto, podendo como é previsível, agravar-se a fragmentação social, apesar de por vezes emergirem novas praticas de planeamento e gestão, que tendem a uma equidade social ( Raposo ,2007).

                                                        

Se por um lado, em Luanda as transformações politicas e económicas e a guerra civil prolongada constituíram factores relevantes no afluxo rural, nos países industrializados, nos séculos XVIII e XIX, a explosão demográfica e urbana ocorreu na mesma região do mundo, em que se assistia à explosão tecnológica, hoje, segundo o Sousa Santos (1994: 248), aquela ocorre nos países do Sul, enquanto esta prossegue.                                

Julgamos que o recurso ao metodo de análise demografica, que para qualquer país afiguram como cavilosos, ademais ao facto de haver escassez de dados estátisticos, sendo eles incompletos e dificientes, que resultam em nosso entender no contexto socioeconómico, segundo o professor Filipe Colaço, “as projeções não devem consideradas como meras previsões, mais sim como ilustração do que poderá ser o futuro demográficco região do país”. Na construção das projecções é possivel estabelecer-se três hipoteses, a de feundidade, de mortalidade e a de migração, de cuja combinação resutam em três variantes de projecções-média, alta e baixa ou seja, na:


Variante média, fecundidade em decrescimo moderado mortalidade em decréscimo lento.A pobreza urbana em Angola está limitada pela fraca disponibilidade de dados acesso limitado aos dados de inqueritos aos agrepados familiares realizados pelo INE, noeadamente, inquerito sobre receitas, dispesas e pela fraca produção produção de informação social economica sistematizada sobre a pobreza urbana, cientes destes dificuldades, é feito um exercicio de aproximação ao problema de caracterização da pobreza urbana, a partir da análise de alguns vectores importantes que poderão, ajudar aperceber algumas das principais determinantes do fenómeno pobreza urbana a saber:


- A concentração urbana e atração pela capital do país.


- Evolução do padrão da desigualidade economica e social.


-Urbanização acelerada.


-Perturbações do mercado de emprego.


- Ritmos de inflação elevados.


-programas de combate a pobreza e a exclusão social.


-Rupturas das instituições públicas  


Pela sua importáncia estes vectores podem ajudar a perceber as tendências coerentes da pobreza urbana em Angola e contribui para a necessidade de um estudo mais aprofundado e regular do mesmo, o estado tentará caracterizar o  pentagóno das dimensões de pobreza, com os indiadores da seguránça, saúde, participação civica e social, educação e redução e consumo.


Um esforço é feito no sentido de, em cada um dos vectores enunciados anteriormente, se analisar as diferentes dimensões da pobreza em Angola, o que se tem verificado a nivel mundial é o crescimento do fenóméno migrátorio nas áreas rurais para as cidades.

Estima-se que hoje mais de 40٪ da população Angolana tenha sofrido em alguma fase da sua existência de um processo de deslocação interna nas ultimas décadas, como resultado dos migrãtorios acelerados e involuntãrios verificaram-se os seguintes fenómenos :

. Um processo de pauperização repentino e sistémico, de longo prazo, das populações deslocadas muitas delas a viver em àreas urbanas ou peri-urbanas.

. Uma pressão sobre os equipamentos sociais urbanos já desi saturados e insuficientes para cobrir as neccessidades das populações urbanas esuburbanas não deslocações.

.Uma pressão sobre os recursos naturais como a (terra, água, floresta) junto dos centros urbanos e a consequente degradação destes recursos.

Como consequência imediata, constata-se que Luanda cresce duas vezes mais depressa que a população do resto do país, devido em parte ao excedente dos nascidos vivos em relação aos óbitos sendo o restante causados pelo êxodo rural.

Especialista prevêm, que as projecções demográficas da Luanda até ao ano de 2025, que aqui se apresentam na globalidade por sexos reunidos que foram elaborados segundo o “ Μetodo dos componentes.” Que consistem na projecção separada dos dois sexos em grupo de idade.


Pelo que acabamos de análisar, julgamos que estamos todos convidados a reflectir de forma profunda sobre as acções que vierem a ser tomadas para o garante de um dia seguinte melhor, num espaço de cidadania onde viva e não apenas sobreviva.


“…Não é minha a cidade/ é um sistema que inventa/ que transformo/ e acrescento a minha idade...”
 

Cláudio Ramos Fortuna

Urbanista

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Fonte: Club-k.net