Luanda - Agentes de educação cívica eleitoral em Luanda disseram, esta quarta-feira, que muitos cidadãos “não conseguem localizar os nomes nos cadernos eleitorais”, porque não fizeram a prova de vida, no registo eleitoral”, para as eleições gerais de 23 de agosto.

Fonte: Lusa

 

A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) recrutou um total de 5.538 agentes de educação cívica eleitoral, que estão espalhados pelo país, mobilizando os eleitores para a importância do voto, com cerca de 80 agentes de educação cívica eleitoral em cada município de Angola.


Em Luanda, Dinis Sebastião Magalhães contou à agência Lusa que já atendeu mais de 15 cidadãos e que o “principal constrangimento” reside naqueles que “não efetuaram a prova de vida”.

 

Temos sim, muita gente nesta situação, porque a prova de vida foi uma fase que muitos deploraram e agora que nos veem na rua, querem saber onde vão votar e na nossa base de dados eles não constam e ficam indignados, porque têm em mão o seu cartão de eleitor”, explicou.

 

Esses casos, acrescentou “enviamos para as respetivas comissões municipais eleitorais para tratarem o assunto”.

 

De acordo com aquele agente de educação cívica eleitoral, “a meta é atingir o maior número de populares “para que no dia do voto não tenham dificuldades em localizar a sua assembleia de voto”, assinalando que apesar de alguns cidadãos não conseguirem localizar o seu local de voto, “o serviço decorre na normalidade”.

 

Paula João também é agente de edução cívica eleitoral e diz que por dia está a atender mais de 50 cidadãos, entre os quais, aqueles que não constam da base de dados no dispositivo eletrónico que usa em mãos, um ‘iPad’.

 

“Estamos com muitos problemas do género, muita gente não atualizou o seu cartão e com isso os nomes não constam da base de dados”, disse.

 

A agente de educação cívica eleitoral esclareceu ainda que “muitos até chegaram a atualizar o cartão de eleitor, mas os seus nomes não constam da base de dados e estão sem assembleias”.

 

“Que poderá ser por falha do sistema ou então dos operadores que estavam a trabalhar na fase da atualização”, adiantou.

 

Ainda assim, referiu, o trabalho decorre “e estamos a conseguir indicar muitos eleitores para as respetivas assembleias de voto, mas outros ainda estão distraídos”.

 

Já Maria Adelina João realçou que ainda não se deparou com casos do género, acrescentando que “perdeu a conta de quantos cidadãos já atendeu”, na sua atividade diária de mobilização do cidadão ao voto no dia 23 de agosto.

 

“A população nos recebe bem e com agrado. Já perdi o número de cidadãos que atendi e indiquei o local de voto, porque às vezes termino dois a três rolos, com aproximadamente 500 pessoas cada”, realçou.

 

Angola vai realizar eleições gerais a 23 de agosto deste ano, às quais concorrem o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), Partido de Renovação Social (PRS), Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e Aliança Patriótica Nacional (APN).

 

A Comissão Nacional Eleitoral de Angola constituiu 12.512 assembleias de voto, que incluem 25.873 mesas de voto, algumas a serem instaladas em escolas e em tendas por todo o país, com o escrutínio centralizado nas capitais de província e em Luanda, estando 9.317.294 eleitores em condições de votar.

 

A campanha eleitoral em curso termina no próximo dia 21.