Luanda - Os quatro pontos cardeais do nosso planeta estão de olhos e ouvidos bem sintonizados ao dia-a-dia desta grande e batalhadora nação que se chama República de Angola, que tem tanto potencial e vontade de se erguer, organizar- se e andar pelos seus próprios pés ao lado de outras nações do chamado ́ ́primeiro mundo’’.

Fonte: Club-k.net

Atendendo a nossa realidade (não só econômica) mas sim, histórica e institucional, Angola deixa cada vez mais a desejar, pois parece estarmos a caminhar para um horizonte sem norte, uma vez que, tudo quanto assistimos e ouvimos, o essencial para a sua concretização nem se quer se comenta.

Ouvimos tanto, mas não vemos nenhum plano de accão a ser concretizado, o que realmente preocupa o povo, pois os que ruíram este país continuam a paisana assim como o seu legado – corrupção continua em alta.

Temos um grande e gravíssimo dilema que é a corrupção institucionalizada, fomentada e sustentada pelo último executivo e, cabe ao novo tracejar as linhas mestres para que saiamos deste de forma não só vitoriosa, mas sim coesa, fortes e motivados em trabalharmos juntos para o nosso próprio bem-estar.

Como especialista e académico, foi-me despertada a atenção sobre a corrupção e suborno nas diferentes empresas que já passei assim como o mal e perigos que estes apresentam. Sempre fui submetido à um teste de Suborno e Ética Anti- corrupção depois de passar o período experimental e daí percebi algo que venho aqui partilhar em como devemos combater a Corrupção em Angola, até porque este tem sido o lema do Senhor Presidente da República de Angola, General João Manuel Gonçalves Lourenço.

Tratando-se de uma nação como a nossa, recorro-me à algumas passagens do admirado intelectual e homem humilde ex-presidente dos EUA, Dr. Barack Hussein Obama II que, aquando do seu discurso no parlamento da República do Gana disse o seguinte:

Desenvolvimento depende de boa governação... Em Século XXI, Instituições Fortes, Capazes, Transparentes são a chave do sucesso. Um Parlamento Forte, Policiais Honestos, Juízes e Imprensa Independentes são algumas destas instituições... A África não precisa de homens fortes, mas sim de instituições fortes!

Sem dúvida alguma, todos percebemos e admirámos a boa disposição e pulungunza do nosso actual Presidente e Comandante em Chefe JLO em nos guiar a cruzarmos estas calemas tão turbulentas rumo à um mar-de-rosas que todos nós auguramos, tal como já tivera sido referenciado pelo próprio e pelo Senhor Vice-Presidente da República Dr. Bornito de Sousa de que gostariam de ver Angola igual a Singapura.

Hoje sabemos que da Correa do Sul à Singapura, a história nos mostra que estes países se desenvolveram apostando fortemente na educação dos seus povos, nas infraestruturas públicas, na criação de mão-de-obra qualificada que criaram as pequenas e médias empresas que dão acesso às classes média e alta da sociedade e jamais em promover militância em detrimento de cidadania, bajulação em detrimento de idoneidade, estatutos partidários em detrimento da Constituição da República nem a República em detrimento do partido governante como tem sido práctica desde que Angola fora proclamada como República neste planeta.

É muito bom ouvirmos o almejar deste horizonte pelos próprios Comandante e Subcomandante antes do embarque, mas que não nos iludamos que iremos a algum lugar diferente do que nos encontramos hoje se não definirmos procedimentos sólidos, eficazes e óbvios de combate e irradicação deste cancro que se chama Corrupção que se instalou no organigrama deste país .

Estou em crer que esta luta será árdua, mas com uma Victória certa se começarmos por Identificar como se processa a Corrupção, pois muitas das vezes um dado funcionário público de forma inocente acaba por cometer um crime destes sem perceber como.

Eis a necessidade de se criar e quiçá com carácter urgente de uma Agência Anti- Corrupção que assuma a tarefa de Supervisionar, Investigar, Desenvolver conteúdos e Programas de Ensino de Boas Práticas Contra a Corrupção, Determinar formas e locais de transmissão destes conhecimentos aos funcionários públicos, assim como Propor Leis ao Órgão Soberano da República de Angola (Assembleia Nacional) para um maior controlo de toda actividade financeira do país, em peculiar das entidades públicas que vai desde, Polícia Nacional, Vice-Administrador Comunal, Administrador Comunal, Vice- Administrador Municipal, Administrador Municipal, Secretários Provinciais, Vice-Governadores Provinciais, Governadores Provinciais, Secretários de Estado, Vice-Ministros, Ministros, Chefes de Secções, Chefes de Departamento, Diretores, Bancos (Nacional e todos os privados), Deputados a NA, etc.

 

Todos, mas todos estes funcionários públicos e ou privados com acesso ao pulmão económico da República de Angola devem ser submetidos à um curso que engloba as cadeiras de: PROCESSAMENTO DE CORRUPÇÃO (ACTIVA vs PASSIVA), PROCESSAMENTO DE SUBORNO (ACTIVO vs PASSIVO), CÓDIGO DE CONDUTA, CÓDIGO DE ÉTICA, CHANTAGEM, MANIPULAÇÃO, FRAUDE e LAVAGEM DE DINHEIROS para que todos estejam no mesmo carril.

Os conteúdos destas cadeiras poderiam ser sumarizados e integradas no curriculum académico do ensino de base, médio até ao Superior para que todo cidadão esteja ao corrente da nocividade que carreta a corrupção assim como estaremos todos imbuídos de opções positivas que são salutares para toda nação.

É imperativo perceber-se em detalhes o que cada uma destas áreas do saber tem de bom e de mal, para se acatar o que é melhor para todos nós. Quem não estiver à altura de absorver estes conhecimentos deveria perder a função, pois não estará apto ao Programa de Conformidade (Compliance Program) que os quantos cantos esperam ver a se efetivar em Angola

A Agência Anti-corrupção deverá ter Um Gabinete de Auditoria e Um outro de Contabilidade a funcionarem em paralelo em cada Município do país para seguir em pente fino todo processamento das finanças públicas e manter relatórios atualizados mesmo com o novo sistema administrativo-financeiro que resultar das autarquias a serem implementadas, i.e., nos certificando de que não haverá práticas lesivas aos cofres do estado da República de Angola.

POR ESTA ANGOLA QUE EU AMO, PAZ E AMOR.