Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, manifestou-se triste com a morte de seu homólogo da República Socialista do Vietname, Tran Dai Quang, ocorrida sexta-feira, por doença.
Fonte: Angop
De acordo com o estadista angolano, trata-se de uma perda irreparável de uma figura ilustre da nação vietnamita , que vai certamente deixar um vazio na sociedade e na vida política do Vietname, país ao serviço do qual colocou o seu saber e a energia, para o transformar numa pátria próspera.
João Lourenço diz no documento a que a ANGOP teve hoje acesso que está seguro que o povo do Vietname saberá honrar a memória desse estadista, procurando com o seu empenho e determinação concluir a obra que iniciou para impulsionar o desenvolvimento do país.
Tran Dai Quang, figura conservadora do regime comunista, morreu sexta-feira aos 61 anos vítima de doença prolongada, segundo a agência estatal de notícias VNA.
Quang esteva doente há muitos meses, mas continuou a desempenhar suas funções oficiais, apesar de fadiga visível e perda de peso. A natureza exacta de sua doença não foi revelada.
O estadista faz parte da dupla de conservadores colocados à frente do regime em 2016, com o primeiro-ministro Nguyen Xuan Phuc.
Além do cargo de Presidente, foi um dos principais homens-chave do regime, no poderoso Gabinete Político do Partido Comunista do Vietname, verdadeiro centro de poder, que nomeia o presidente.
Este alto órgão governamental do país é responsável por todas as decisões mais importantes, sendo que o verdadeiro número um do regime continua a ser o secretário-geral do Partido Comunista (PC), Nguyen Phu Trong.
A sua eleição confirmou o domínio político dos conservadores, após um congresso do PC em Janeiro de 2016, marcado por fortes lutas entre conservadores e reformadores.
Angola estabeleceu relações diplomáticas com o Vietname em Novembro de 1975, um dia após a proclamação da Independência Nacional.
Em 1978, os dois estados assinaram o Acordo Geral de Cooperação, instrumento através do qual os governos acordaram o tipo de relacionamento a que se seguiram outros instrumentos jurídicos. Oficialmente vivem em Angola mais de seis mil vietnamitas, entre os quais professores e médicos.