Luanda - Empresária garante que nunca foi abordada pela Sonangol para negociarem a posição na petrolífera portuguesa. Diz ter conhecimento apenas do interesse de empresas americanas.

Fonte: Valor Economico

“A nossa posição não está à venda”, respondeu Isabel dos Santos, ao VALOR, quando questionada sobre a notícia do jornal português Expresso dando conta que considera negociar, com a Sonangol, a sua participação na Galp:“Notícia sem base alguma de verdade”, garantiu.

 

Segundo o Expresso, “a administração da Sonangol admite que o assunto possa vir a ser equacionado, mas exige uma condição prévia: o pagamento de 70 milhões de dólares que foram investidos pela petrolífera angolana para que Isabel dos Santos assegurasse a participação na multinacional portuguesa”.

 

A empresária assegura que nunca foram “abordados pela Sonangol para vender” a participação. Acrescenta que tem conhecimento apenas “que há empresas americanas interessadas”.

 

Em relação aos 70 milhões de dólares, Isabel dos Santos volta a garantir que “foi totalmente pago”.

 

“Temos a cópia do extrato bancário do pagamento e comprovante, bem como carta assinada pela Sonangol a confirmar que recebeu os fundos”, explicou para depois culpar o actual PCA da Sonangol, Carlos Saturnino, de tentar “fazer passar a mensagem que a Sonangol não tinha recebido o pagamento” por “vingança pessoal” por ter sido exonerado por Isabel dos Santos enquanto foi PCA da petrolífera.

 

“Mandou, seis meses depois de a Sonangol ter recebido, devolver o dinheiro e dizer que a Sonangol nunca recebeu”, explicou. A empresária, entretanto, não respondeu sobre se esta devolução se efectivou ou não.