Luanda - O primeiro secretário do braço juvenil do MPLA, partido no poder em Angola, Sérgio Luther Rascova, pediu contenção às autoridades angolanas que dirigem a Operação Resgate, que arrancou a 6 de Novembro.
* Coque Mukuta
Fonte: VOA
Milhares de cantinas pertencentes a cidadãos estrangeiros, maioritariamente do Mali, e outros pequenos negócios de cidadãos nacionais, como oficinas, talheres de venda de roupas, calças e várias humburgarias foram encerrados pelas autoridades.
A vendedora ambulante identificada apenas por Dona Sany diz já ter caído na Operação Resgate ao ver fechado o seu negócio, apela a uma maior sensibilidade das autoridades por, no caso dela, por exemplo, ser a única fonte do sustento da sua família.
Ela denúncia a forma como actuam os agentes.
“Nem falam com as pessoas, chegam e levam as coisas”, denuncia Sany, contrariando a versão oficial que anunciaram um período de sensibilização das vendedoras ambulantes.
Cautela
Entretanto, o primeiro secretário da JMPLA, Sérgio Luther Rascova, considera que a Operação Resgaste não visa retirar o conforto da juventude, mas melhorar as condições de vida das populações.
“Não acredito que a operação visa retirar o sossego dos jovens e espera-se que as forças actuem com alguma proporcionalidade””, defende Rascova, quem espera “que as autoridades não cometam excessos na sua actuação”.
No balanço à primeira semana da operação, o director do Gabinete de Informação da Polícia Nacional, comissário Orlando Bernardo, disse terem sido detidos 509 cidadãos suspeitos de crimes diversos, que permitiram esclarecer 471 casos em investigação e apreendidos mais 500 quilogramas de liamba.
A operação levou também ao encerramento de 39 espaços religiosos, três locais de tratamento dentário por "más condições de funcionamento" e à aplicação de multas a outras seis por falta de pagamento de impostos, na província de Luanda.