Luanda - A Nota de Imprensa do dia 10 de novembro do Ministério da Saúde sobre o caso da menina Emília de 7 anos que foi infectada por transfusão, como foi apenas tornada publica no dia 13 de novembro? A comunicação Angolana pode não ser tão eficiente, mas quando se trata de comunicados oficiais do governo e seus órgãos, a sua publicação é instantânea e momentânea, teria sido publicada no dia 11 ou até 12. Então se tivéssemos perante um caso de vida ou morte, de uma epidemia apenas teríamos conhecimento 3 dias depois de ser assinado? Não nos esqueçamos que dia 10 de novembro foi no sábado, o Gabinete de Comunicação não trabalha, não trabalhou e nem a Ministra compareceu no Ministério neste dia. Por outro lado, o comunicado poderia ser lido nas rádios e televisões do país, mas não foi feito assim, porque a própria ministra pediu para ocultar, não comunicar na mídia, mandou a família ir para casa sem nada ter feito. Pediram que a família fosse embora com caixas de antí-retrovirais sem darem a conhecer em primeira instância que a menina tinha sido infectada pelo HIV? Ainda ficaram no jogo dos empurrões, tentando imputar responsabilidades ao Hospital Pediátrico David Bernardino onde a menina  tivesse sido infectada. Se esta Nota de Imprensa fosse a real intenção, já teríamos o resultado da comissão, uma vez que foi orientada desde o dia 8 de novembro e até a data já teríamos em primeiro lugar colaboradores suspensos e até despedimentos por justa causa. Se esta comissão fosse verdadeira, teria um trabalho facilitado até porque o Secretário de Estado Leonardo Europeu, foi Director Geral do Maria Pia, sendo, portanto, o principal cúmplice da desorganização interminável desta unidade, como prémio ainda é nomeado.

Fonte: Club-k.net

ESCÂNDALO NO MINISTÉRIO DA SAÚDE

Como a Ministra da Saúde assume um tratamento no exterior, mas dada a gravidade do caso, até ao momento ninguém do Ministério contactou a família para tratar de documentos e assuntos relacionados a viagem? Ela até já viajou e está no Rwanda desde o dia 12 de novembro, tempo mais do que suficiente para ter apresentado os resultados da comissão de inquérito, sorte dela que o seu Presidente não é a Sua Excelência Paul Kagame, que exonera altos funcionários para exemplo.


Como a Ministra da Saúde instaurou uma comissão e não solicitou o apoio directo do Instituto Nacional de Luta contra a SIDA?


Se não fosse a persistência da família em ir atrás dos meios de comunicação social, nunca saberíamos de mais este caso, entre milhares que passam pelas mãos da Ministra da Saúde sem soluções.


Nas maternidades Lucrécia Paim e Augusto Ngangula temos relatos de desaparecimentos de crianças e que procedimentos e comissão de inquérito a Ministra da Saúde já adoptou?

Nenhum

Os medicamentos, o pão nosso de cada dia que nunca temos, faltam em todos os hospitais e províncias do país, que procedimentos a Ministra da Saúde já adoptou?

Nenhum


Foi criado um Gabinete de Humanização, onde não se faz nada, não trabalham porque não sabem trabalhar, não têm nenhuma experiência administrativa, nem estão humanamente preparados para trabalhar nesta área, porque nem entendem de humanidade, assim como a titular da pasta que é desumana.


A Ministra da Saúde nem tem conhecimento de dados que no país diariamente são infectadas 15 crianças com o VIH, fruto de transfusões, por isso ela não sabe nada, não faz nada, nunca instaurou comissão nenhuma e não ouvimos relatos pela falta de coragem e falta de instrução de muitos pais e obscurantismo da nossa mídia. Coragem, determinação, sentido de pai é que não faltou ao pai da Emília.


A Ministra da Saúde, Dra. Sílvia Lutucuta não tem procedimentos de gestão organizacional, estrutura, metodologia, qualidade, porque estes não são verificados no dia a dia do Ministério, nem nas instituições hospitalares porque nunca fez nada, a não ser andar a passear pelas províncias e países afora, ainda levando familiares as expensas do Estado e falar de maneira arrepiante que para resolver qualquer caso, espera sempre as orientações do Titular do Poder Executivo.


No discurso de investidura de Sua Excelência Presidente da República, General João Manuel Gonçalves Lourenço, orientou a realização de um diagnóstico profundo do sector da saúde, passados 14 meses, nada de diagnóstico profundo, nada de dados reais do país, nada de uma radiografia sanitária do país, por falta de organização metodológica, inteligência e mais por vontade em aparecer a mentir na mídia e a vender a falsa imagem da sua gestão danosa e por ninguém levar a sério as palavras do Presidente da República. Um Ministra que não consegue diagnosticar e organizar o seu próprio gabinete que até ao momento tem exonerado  4 directores do seu gabinete em 12 meses, vai diagnosticar o quê? Brincadeira tinha hora, na era JES.


Já se construiu demais de maneira desordenada e se desviou dinheiro sem nenhuma construção na era Van-dúnem, agora na era Lutucuta, continuamos a construir, a única preocupação da ministra, para usurpar o dinheiro, negligenciando a metodologia, a qualidade, a organização e muitos passeios atrás da telemedicina, se não temos luz que medicina vamos ver na televisão? Queremos mesmo é a real-medicina, senhor Presidente.


A Ministra da Saúde Dra. Sílvia Lutucuta demonstra as suas fraquezas organizacionais a cada dia que passa, demonstra as suas fraquezas de gestão, porque destratou a família de menina  como se trapo fosse, o próprio pai falou e disse, pedindo para ocultar o facto. Sabemos que a Ministra não lida com o caso directamente, tratando-se apenas de um caso de um menina, que tornou- se mediático, mas existem milhares de casos idênticos e de várias índoles, mas a senhora ministra não tem preparo para monitorar, antever e enquanto titular da pasta da saúde, tem a missão de fiscalização das entidades que lidam com o sangue, bem como das próprias entidades que ao efectuar o procedimento de transfusão sanguínea em um paciente que dela necessite.


Depois de tantos lapsos, só nos resta que a Sra Ministra da Saúde Dra. Sílvia Lutucuta peça a sua demissão, que sem sentimento nenhum ocultou o caso, desapareceu, sem apresentar resultados palpáveis e no meio de milhares de casos do género que acontecem, deliberadamente sem resposta porque não são transportados para a mídia. Por prepotência e a semelhança do trato punhalado que fez com os médicos e apenas depois de anunciada a greve é que convocou os médicos, tarde e má hora, depois de anunciada a morte de milhares de angolanos como sempre.


Vê-se bem na sua forma de gerir, a tão mal preparada Nota a Imprensa, que nunca vimos esses dizeres, ocupada interinamente por uma técnica de informática sem preparo em comunicação, ainda a meses o Secretário de Estado da Comunicação Celso Malavoloneke disse que os ministérios têm de comunicar melhor e ter gente preparada para a gestão de crise e não gente que aprofunda a crise das famílias como a Dra. Sílvia Lutucuta.


DAMIÃO DE CASTRO