Luanda - O  Ex-vice-PR desmente, em declarações ao Vanguarda e ao Expresso, acusações da eurodeputada Ana Gomes sobre a sua alegada nacionalidade portuguesa e reitera estar disponível para colaborar com a justiça portuguesa e angolana no âmbito dos processos ligados à Operação Fizz em Portugal

Fonte: Vanguarda


No passado dia 10 Novembro, a eurodeputada Ana Gomes insistiu na questão da sua nacionalidade. Tem nacionalidade portuguesa?
Não. Aliás, como os meus advogados tiveram já oportunidade de afirmar, essa é uma alegação repetida da eurodeputada, que é falsa. E considero as suas afirmações graves, não sendo a primeira vez que sou visado nas suas posições públicas, o que muito estranho. Tenho unicamente nacionalidade angolana, desconhecendo a razão que leva Ana Gomes a insistir neste tema.

 

Como vê os processos que o envolvem, no âmbito da chamada Operação Fizz?
Como sempre afirmei, não tive qualquer conhecimento, envolvimento ou intervenção, directa ou indirecta, nos factos desse processo, conhecidos publicamente, nem solicitei a ninguém que o fizesse por mim ou em meu nome. Não conheço sequer Orlando Figueira. Ignoro questões relacionadas com a sua contratação, com empréstimos, pagamentos, ou quaisquer outros aspectos que têm vindo a público relativos a este assunto. Nada tenho que ver com contactos ou intervenções nesta matéria, designadamente do BPA e/ou do BPAE, de Carlos Silva, de Proença de Carvalho, da Primagest ou de qualquer outra pessoa ou entidade.


Aliás, tenho acompanhado o que tem sido relatado publicamente a propósito da prova produzida no julgamento que está a decorrer e acompanhei com atenção os esclarecimentos que a esse propósito os vários intervenientes que têm vindo a ser indicados como responsáveis por tais factos prestaram. E continuarei a prestar atenção a todos os esclarecimentos que possam ainda vir a ser dados, se necessário.

 

Está também disponível para prestar os esclarecimentos que a justiça venha a considerar necessários?
Estou, como sempre estive, disponível para cooperar com a justiça, mas com respeito pelas leis em vigor e pelas vinculações de Estado a que estive e estou obrigado. Sempre o afirmei perante a justiça em Portugal e naturalmente mantenho essa disponibilidade também no âmbito do processo separado e delegado nas autoridades angolanas. Aguardo o normal e legal desenvolvimento dos processos.