Cabo Verde - Terminou, na Ilha do Sal, República de Cabo Verde, a reunião da Internacional Democrática do Centro (IDC) que incluiu, desta vez, três fases complementares, sendo a primeira, a reunião do Comité Executivo; a segunda, a reunião da sua Assembleia Geral e a terceira, a reunião regional da IDC Africa.

Fonte: Club-k.net

O senhor André Pastrana, antigo presidente da Colômbia e actualmente Presidente da IDC, presidiu as reuniões da primeira e segunda fase, e coube ao Presidente da IDC Africa, o Primeiro Ministro de Cabo Verde, Dr. Ulisses Correia e Silva a presidência da terceira, ou seja da Regional da IDC África.

A UNITA esteve representada nesta magna reunião pelo seu Presidente, senhor Isaías Henrique Ngola Samakuva, um dos vice-presidentes desta organização internacional e pelo Deputado à Assembleia Nacional, Dr. Alcides Sakala Simões, que é Secretário dos Assuntos Internacionais do Partido.

Na abertura da reunião, o Primeiro Ministro de Cabo Verde ressaltou o facto de que, embora Cabo Verde não tenha recursos naturais tão significativos como certos países, orgulha-se por ter valiosos recursos como a estabilidade politica, social e securitária, confiança da Comunidade Internacional, Liberdade, localização geográfica estratégica e capital humano qualificado.

A esse respeito, enfatizou a importância que o seu governo dá ao capital humano, como sendo um recurso muito importante, pois há países que mesmo tendo enormes e importantes recursos naturais, não conseguem transformá-los para servirem o bem-estar das suas populações.

Da agenda desta reunião, predominaram os temas como a promoção e consolidação dos Estados democráticos, fundados na solidez de instituições politicas, judiciais e da sociedade civil. Neste sentido, perante um mundo confrontado com a calamidade do terrorismo, do narcotráfico, da corrupção, da imigração e do tráfico de seres humanos, os partidos membros do IDC foram chamados a prestar maior vigilância no sentido de erradicarem comportamentos e atitudes que propiciem a instalação, nas sociedades, desses fenómenos que afectam a segurança, a paz, o desenvolvimento e o bem-estar das populações.

Das várias resoluções aprovadas, destacamos as seguintes:

a) -Sobre a Nicarágua, condenando a continua repressão, levada a cabo pelo governo de Ortega contra a população.

b) -Sobre a Eslovénia, exprimindo preocupação sobre a situação politica e económica, prevalecente na Eslovénia desde que se formou o governo minoritário no mês de Setembro passado.


c) -Sobre a situação politica e social na Republica da Guiné Equatorial condenando a violação dos direitos humanos neste país africano.


d) -Sobre Cuba, a exprimir o apoio às recomendações feitas por um grande número de países na reunião da revisão periódica universal do Concelho dos Direitos Humanos das NU no sentido deste país ractificar o convénio dos direitos civis e políticos.


e) -Sobre a Venezuela, reiterando a necessidade de se libertarem todos os presos políticos e a condenando o plano de assassinatos em curso no país.


f) -Sobre a segurança cibernética, manifestando preocupação face aos ataques cibernéticos que se multiplicam ultimamente, para além da utilização de redes cibernéticos para campanhas de desinformação, visando minar a confiança dos cidadãos pelas democracias liberais.


g) - Sobre os ACP que exigindo que a Europa e a África assinem uma nova aliança estratégica para o seculo 21, baseada numa robusta parceria, na promoção da defesa dos direitos humanos e económicos.

h) – Sobre mudanças climáticas, manifestando preocupação em relação ao lento progresso verificado nas políticas governamentais de muitos países, tanto da parte dos signatários como da dos nãos signatários do Acordo de Paris, o que tem causado a subida da temperatura no plano global, tendo como consequências a frequência de catástrofes meteorológicas, como tempestades e a desertificação.


A reunião também analisou com profundidade várias situações que a África vive, inclusive o fenómeno da explosão demográfica, tendo apelado, a este respeito, no sentido de que os países africanos começarem a tomar medidas que venham proporcionar bens indispensáveis para facultar uma vida normal à população, em matéria de alimentação, habitação, saúde, educação, etc.


A conferência aprovou também o relatório e contas da organização, os estatutos da organização da juventude, a proposta da criação da organização das mulheres filiadas nos partidos da Internacional Democrática do Centro, bem assim como o projecto sobre a criação de um instituto da organização.

Ilha do Sal, 27 de Novembro de 2018
Pela Delegação

Alcides Sakala