Luanda - Os números foram avançados no sábado pelo superintendente da polícia local, José da Mónica Falé, que procedia a um balanço da operação destinada a repor a autoridade do Estado e que está em curso desde novembro em todo o país.

Fonte: Lusa

Segundo José da Mónica Falé, entre as instituições religiosas encerradas estão 524 locais de culto que exerciam atividades à margem da lei, 170 “células de oração”, 143 por legalizar e 58 registadas, mas sem locais adequados para o exercício da atividade religiosa.

No quadro estritamente da “Operação Resgate”, foram também encerrados três mercados, 65 cabines improvisadas de venda de cartões de recargas para telemóveis e 322 barracas em estado impróprio, além de seis farmácias, 42 postos de enfermagem e dois centros de medicina natural, por falta de documentação e condições de trabalho.

A Operação Regaste em curso no país visa resgatar a autoridade do Estado angolano, combater a criminalidade, transgressões administrativas e outras práticas que influenciam negativamente na segurança pública.

Por outro lado, a nova lei que regula o exercício da atividade religiosa em Angola entrou em vigor a 12 de outubro, com uma moratória até 03 de novembro, extintas que foram as plataformas ecuménicas no país para “normalizar o exercício da liberdade da religião, crença e culto”.

A decisão tem, na génese, a existência de milhares de confissões religiosas não reconhecidas oficialmente no país, havendo apenas 81 em situação legal.

Os números oficiais variam entre as 1.220 e as 4.000 confissões e seitas religiosas, em que mais de 50% são estrangeiras, provenientes da República Democrática do Congo, Brasil, Nigéria e Senegal.

A 05 de outubro, a Lusa noticiou a decisão do Governo angolano de extinguir as plataformas ecuménicas no país para “normalizar o exercício da liberdade da religião, crença e culto”, previsto na Constituição da República de Angola.