Luanda - Aqui não se trata de bisbilhotice, nem de ingerência nos assuntos dos outros, aqui trata-se mesmo de olhar para o que se está a acontecer na casa do vizinho e com boas razões de o fazer aliás se a SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral) e a CIRGL (Conferência Internacional para a Região dos Grandes Lagos) o fizeram em Brazzaville porquê que eu não o posso?

Fonte: Club-k.net

A República Democrática Congo não é sinónimo de confusão como já se tem uma frase para chamar a atenção numa situação de bagunça ́ ́Aqui está um Congo ́ ́, mas é sinónimo de riqueza, abundância de recursos minerais dos mais preciosos e procurados, que até já si tem uma frase para chamar a atenção no facto de ser o País africano com maior diversidade de recursos minerais no seu solo ́ ́ Este País é um escândalo Geológico``.


Mas também é ponto acente que a Paz e a estabilidade política e social não passa somente pela boa vontade da sociedade civil infelizmente. Não será ainda nestas eleições que também já corre o risco de serem adiadas que teremos uma República Democrática do Congo livre e verdadeiramente independente.


Este é daqueles países que a sua paz gera ameaça para uns tantos países ou grupos de interesses económicos. Este é daqueles países tal como Angola que tem condições subjetivas para se tornarem numa grande potência económica regional, continental e até mesmo mundial.


Onde está a voz de Africa perante este assassinato de um de seus filhos para saquearem toda a sua riqueza, onde está a Voz e a força da UA (União Africana), onde está?

Escuso-me de fazer aqui uma abordagem histórica sobre a génese dos conflitos armados naquele país por quanto o mesmo não nos colocará em nenhum ponto a mais no interesse e desejo de ver uma mudança à acontecer naquele País vizinho.


E Já que estamos mesmo num mês caracterizado por mais amor ao próximo, o Dezembro de nascimento de Jesus Cristo, daqui de onde me encontro a olhar para a casa do vizinho, peço ao Ruanda, Uganda, África do Sul e Angola em África, França, Bélgica e Alemanha na Europa, Estados Unidos da América na América do Norte e finalmente a China na Ásia, a pensarem em cada, iphone,tablet, TV Plasma, Automóveis, meios Bélicos, Aeronaves etc.. fabricados, ou ainda alimento posta a mesa de cada família nestes respetivos países são centenas de crianças, adultos e idosos congolenses democrático mortos em conflitos entre milícias em zonas estrategicamente controladas fora do alcance das autoridade daquele País.


Esse olhar a casa do vizinho coloca os seguintes questionamentos:

1)
2)
3)
Que mundo é este onde uns vivem, comem e bebem, a custa da morte da miséria e das desgraças dos outros;


Que solidariedade ou ajuda internacional é esta que com uma das mãos dás comida e assistência médica e medicamentosa a população e com a outra dás armamentos as milícias ugandesas e ruandesas?


Que Justiça internacional é esta que prende um individuo acusado de crime contra humanidade e liberta-o com a ́ ́carta branca`` para uma possível candidatura a Presidente da República?


Ainda que o quadro seja este, negativo, tenho a plena confiança que dias melhores virão para este País que tem dentro do seu território uma extensão de terra que fez parte do antigo Reino do Congo cuja Capital foi M’Banza Congo em Angola, para dizer que afinal a República Democrática do Congo, não é um vizinho qualquer, pelos laços históricos e não só, que une os dois países há razoes de facto para olharmos em sua casa.


Portanto, é importante que haja um sentimento patriótico e vontade política dos fazedores da política no sentido de olharem e pensarem o Congo Democrático de dentro e somente de dentro porque as soluções dos problemas da República Democrática do Congo não virão de fora.

Manuel André Ingue (Contabilista)

Luanda,29/12/2018