Lisboa - A empresária angolana disse na "Africa Summit 2019", realizada em Bruxelas, que a competitividade do continente africano passa pelo uso da tecnologia e a educação da população para que a possa usar.

Fonte: Negocios

Isabel dos Santos defendeu esta quarta-feira, 9 de janeiro, no Parlamento Europeu, que um dos grandes desafios que se coloca a África "é saber como vai ser digital". Para sermos competitivos temos que usar tecnologia e temos, acima de tudo, que educar a população para que saiba utilizar essa tecnologia" afirmou a empresária angolana, a qual participou como oradora na "Africa Summit 2019", uma cimeira organizada pelos Reformistas e Conservadores Europeus, um grupo político do Parlamento Europeu.

 

A presidente da Unitel referiu que "depois da revolução das telecomunicações móveis, a próxima revolução em África será a digital. Em pouco tempo, haverá mais vendas e transações por e-commerce do que nas lojas tradicionais, e a primeira vez que muitos africanos terão conta bancária será na banca digital".

 

O planeamento urbano e a agricultura são outras duas áreas onde se colocam os desafios tecnológicos. "Transportes públicos com conforto, segurança e a preços acessíveis representam ainda uma questão sem solução na maior parte das cidades africanas. É fundamental aplicar a tecnologia no planeamento urbano e em cidades inteligentes africanas, que permitam melhorar a qualidade de vida e otimizar custos", afirmou Isabel dos Santos.

 

No caso do setor agrícola, a empresária angolana apontou aquilo que em seu entender é necessário para que o mesmo seja competitivo. "Se queremos um sector agrícola competitivo em África teremos de apostar na Tecnologia agrícola de ponta, ou noutro tipo de desenvolvimento tecnológico que possibilite uma otimização de custos, sermos competitivos e eu acredito que para isso é essencial a capacitação de governos e populações, para que deixem de ter receio destes novos conceitos".

 

De acordo com Isabel dos Santos, a aposta no desenvolvimento tecnológico em África passa por dar resposta a questões fulcrais como a estabilidade e continuidade do quadro legal, na atração de investimento e a criação de emprego, que devem ser tidas como prioritárias para que o continente se torne apelativo e capaz de reter o talento jovem.