Lisboa – Em Agosto passado a administradora e directora-geral da RNA, Paula Marina Valério Alho Simons (na foto) afastou um grupo de jornalistas desta casa de rádio invocando incompatibilidades por alegadamente emprestarem a sua voz a espaços publicitários de anúncios comerciais.

Fonte: Club-k.net

Responsáveis  da RNA violam o artigo 31.° da Lei de Imprensa

Esta semana, o assunto das alegadas incompatibilidades regressou a RNA, com a acusações de que Paula Simons estaria também numa situação de conflito, por ser ela a voz de companhia do call center de um banco de um banco Comercial no caso o BAI.

 

Segundo trabalhadores da RNA, “O pior e até certo ponto bizarro é vê-la a criticar quando são os outros a proceder desta forma. Quer dizer que ela pode e os outros não? Há conflitos de interesses e não terá a Rádio moral para um dia criticar o BAI, uma vez que a senhora administradora não vai deixar isso acontecer. Nem pensar! Para não falar que estamos a inventar, basta ligar para este número: 924100100”.

 

Não esta claro se Paula Simons, se tornou voz de companhia do call center do BAI antes ou depois de ter sido indicada administradora de conteúdos da RNA. Fonte consultada, explicou ao Club-K que neste caso, ela (Paula Simons) poderia seguir ou fazer o mesmo que o jornalista Ernesto Bartolomeu que para evitar situações de conflitos de interesse, teve de renegociar com o então Banco Millennium (Agora Millennium Atlântico) para retirar a sua imagem e voz de anúncios publicitários.

 

O assunto das incompatibilidades entre os jornalistas e responsáveis da RNA, acentuou-se depois de em meados do ano passado o respeitado membro da ERCA, Carlos Alberto ter defendido publicamente – em texto – que o exemplo deveria partir de cima. Alberto dava como exemplo concreto o caso de Paula Simons, que através da sua empresa ISENTA, COMUNICAÇÃO e IMAGEM S.A, estaria a prestar serviços de marketing a muitas empresas ligadas ao governo.


“O problema é que a Paula Simons já não tem autoridade moral para falar de princípios jornalísticos. Aliás, nem devia ter aceitado o cargo na RNA. Ao fazê-lo, perdeu o respeito que alguns profissionais tinham por si. Estava bem na sua Isenta. Não basta ler livros. É preciso implementar o que os livros dizem. Todo o mundo hoje já sabe que não tem autoridade moral para falar de rigor na nossa profissão”, atirou Carlos Alberto.


O dirigente da ERCA, entende que a diretora da RNA, viola o artigo 31.° da Lei de Imprensa, por isso considera que “Quem é dona de uma empresa de comunicação (Isenta), que faz marketing para vários clientes - incluindo departamentos ministeriais -, nunca seria administradora de conteúdos de nenhum órgão de comunicação social num país normal.”

 

No seu ponto de vista “Há claro conflito de interesse”, por esta razão sugere que “Se a Paula Simons quiser que a classe a respeite um pouco, tenho um conselho: peça demissão. Ainda sairá com alguma honra. Não chegue ao extremo de o Titular do Poder Executivo ter a necessidade de a exonerar para salvar o seu nome. É um conselho grátis.”