Lisboa – O Comandante-Geral da Polícia Nacional, Comissário-Geral Paulo Gaspar de Almeida é acusado de estar a desautorizar o Tribunal Supremo, em torno do processo em que o mesmo é arguido (processo n.º 16/17-DNIAP) por esbulho violento de uma quinta de 12 hectares, em posse do camponês Armando Manuel, de 71 anos.

Fonte: Club-k.net

Comissário-Geral não respeita lei

De acordo com constatação, Paulo Gaspar de Almeida, orientou agentes da 8 esquadra da Polícia Nacional, de Luanda, a fazer guarnição do local e ao mesmo tempo a fazer parte da obra. A referida participação dos agentes é vista como desautorização a uma ordem do Tribunal Supremo que havia embargado a obra enquanto o processo é julgado em fórum judicial.


A disputa entre , Paulo Gaspar de Almeida e o ancião Armando Manuel remonta desde 12 de Dezembro de 2016.


Um despacho do procurador-geral adjunto da República, Domingos Baxe, de Fevereiro de 2018, atesta que “existem nos autos indícios mais que suficientes que o participado Comissário-Chefe Paulo Gaspar de Almeida cometeu o crime de abuso de poder (…) razão pela qual deveria ter sido constituído arguido e ouvido em auto de interrogatório”.


A 11 de Abril, a DNIAP, órgão da PGR, informou ao camponês Armando Manuel de que o comissário-chefe Paulo Gaspar de Almeida já fora constituído arguido, tendo o processo sido remetido ao Tribunal Supremo.


Por ocasião da sua tomada de posse, como novo comandante geral da PN, em meados do ano passado, o comissário-geral, Paulo de Almeida admitiu ser arguido afirmando que adquiriu a parcela de terra em 1998 por intermédio do Gabinete de Desenvolvimento e Aproveitamento Hidráulico do Kikuxi (GADAK).

De Almeida alegou que o terreno foi ocupado por um cidadão com documentos considerados falsos a reclamar a posse do mesmo espaço. “É mais uma das coisas do eixo do mal. Os tribunais existem e vamos esperar”, realçou comandante-geral da Polícia Nacional.