Luanda - A UNITA comemora hoje, 24 de Janeiro de 2019, o 53o aniversário da criação do seu braço armado, as ex- FALA, Forças Armadas de Libertação de Angola.

Fonte: UNITA

Perante este facto histórico, é nosso dever fazer uma incursão na História da luta de libertação nacional de Angola, recorrendo aos acontecimentos passados, como contribuição para a historia real de Angola e do nacionalismo angolano, para esclarecer e despertar a consciência das novas e futuras gerações, na busca da verdade e da afirmação da sua angolanidade. Em assim fazendo, buscamos anular a manipulação da história que tem sido uma prática reiterada dos regimes impostores, dominantes, desde o tempo do regime colonial português.


A criação da UNITA em 1966, na localidade de Muangai, província do Moxico, obedeceu a necessidade imperiosa de se determinar um novo rumo à luta de libertação nacional do povo angolano contra a ocupação colonial portuguesa, contando essencialmente com as suas próprias forças, com a particularidade de situar os dirigentes máximos da UNITA, no interior do país, nas matas da Angola profunda, junto das populações e dos guerrilheiros. Este foi um dos princípios estruturantes da UNITA na sua estratégia com vista a galvanizar, mobilizar, enquadrar e engajar efectivamente no combate libertador, as largas massas do povo.


Esta estratégia baseada nesses dois princípios estruturantes da UNITA, com vista a galvanizar, mobilizar, enquadrar e engajar efectivamente no combate libertador, as largas massas do povo, permitiu a criação do braço armado da UNITA que, sob o lema “Vencer ou Morrer” e com coragem, bravura e determinação de homens e mulheres camponeses, operários e intelectuais revolucionários, se constituiu na expressão em força da frustração dos povos de Angola.


Desde a sua criação, em 1966, as FALA empreenderam acções militares de grande envergadura que aceleraram o desmoronamento da máquina colonial de Salazar e Caetano. Foi neste esforço ingente que tombou, a 24 de Janeiro de 1974 o Comandante Samuel Piedoso Chingunji, mais conhecido por Kafundanga, tendo esta data sido consagrada o dia das FALA.


Este combatente da primeira linha, inteligente, corajoso e exímio condutor de homens, sempre firme na obediência e fidelidade aos princípios e à causa dos explorados, oprimidos e excluídos de Angola, mereceu o reconhecimento de todos e do Presidente e Alto Comandante, General Doutor Jonas Malheiro Savimbi que o proclamou como “um exemplo a seguir” e o dia da sua morte como o DIA DAS FALA. O slogan “Kafundanga é um exemplo a seguir” ́passou a ser evocado permanentemente no nosso partido, como homenagem a Kafundanga e ao mesmo tempo inspirador de coragem, determinação, fidelidade e patriotismo.


A afirmação das FALA desenvolveu-se num processo evolutivo, desde a passagem das guerrilhas para as unidades semi-regulares, regulares e convencionais, que libertaram um vasto território (cerca de 75%) do país, que constituiu a base revolucionária de apoio, também conhecida como “Terras Livres de Angola” onde, de acordo com o pensamento mestre do Saudoso Presidente e Alto Comandante das FALA, General Doutor Jonas Malheiro Savimbi, se instalaram estruturas politicas e administrativas que funcionaram plenamente no que diz respeito à prestação de serviços públicos, fazendo-se assim jús à máxima do Dr. Savimbi segundo a qual “não basta libertar o território, é necessário criar condições de prestação de serviços às populações das zonas libertadas”.


Esta epopeia retrata bem os acontecimentos, as acções e os feitos de um Herói do nosso tempo, “o estratega politico e militar de craveira internacional, o General Doutor Jonas Malheiro Savimbi” que, com o seu instrumento de luta, as FALA, constituídas por homens e mulheres destemidos e de total devoção à Pátria, criou as condições objectivas e subjectivas para a instauração do Estado Democrático de Direito que vigora em Angola.


A criação das Forças Armadas de Libertação de Angola, FALA é, entre os vários feitos da vida e obra do Saudoso Presidente Fundador da UNITA, Dr Jonas Malheiro Savimbi, um dos pontos mais altos no seu percurso político, merecedor de toda a consideração e respeito dentro da UNITA, da sociedade angolana e da comunidade internacional em geral.


Angolanos e angolanas,


Por ocasião da celebração de mais um 24 de Janeiro, num ano que a Direcção do Partido proclama como o “Ano da Consagração da Memória do Dr. Jonas Malheiro Savimbi”, em nome dos militantes, membros, simpatizantes e amigos da UNITA, rendemos a merecida homenagem a todos os Heróis, conhecidos e anónimos, tombados pela causa nobre da dignificação dos angolanos.


Hoje, volvidos 28 anos desde a assinatura dos Acordos de Paz entre o Governo de Angola e a UNITA, a 31 de Maio de 1991, em Bicesse/Portugal, que incluem importantes anexos referentes a desmobilização e reinserção social condigna dos ex-militares, a UNITA apela mais uma vez ao Governo de Angola a assumir as suas responsabilidades, a bem da Paz e da Reconciliação Nacional, no sentido de dar cumprimento cabal às suas obrigações, porquanto, regista-se nos dias de hoje o agravamento da vida social e familiar de valorosos combatentes que, tanto através das ex-FALA, das ex-FAPLA, das ex-ELNA ou ex-FAC, deram a sua vida à causa da Pátria, desde a luta pela independência nacional à instauração do Estado Democrático de Direito.


Neste ano da Consagração da Memória do Dr. Jonas Malheiro Savimbi, a Direcção da UNITA reitera o seu compromisso com os angolanos para a edificação, em Angola, de uma sociedade justa, democrática e de paz social.


Luanda, aos 24 de Janeiro de 2019


O SECRETARIADO EXECUTIVO
DO COMITÉ PERMANENTE DA COMISSÃO POLITICA DA UNITA