Luanda - O cientista político Agostinho Sikato pensa que em tão curto espaço de tempo dois congressos extraordinário mostra que há ruptura no seio do partido maioritário.

*Manuel José
Fonte: VOA

"Não há necessidade de se realizar um congresso extraordinário em menos de oito meses, nota-se aqui alguma incongruência por parte do MPLA", afirma aquele politólogo, para quem “se o MPLA for às eleicoes autárquicas da forma como está, dividido, pode eventualmente perder o poder, e sabe que tem de organizar melhor as suas estruturas do topo à base".

 

O académico João Lukombo Nza Tuzola não descarta a possibilidade de haver purgas dentro do MPLA, daí a necessidade de os “camaradas” se sentarem à mesa em mais um congresso.

 

"Não estou a dizer necessariamente que cabeças vão rolar, mas algumas coisas dentro do MPLA estão confusas, na teoria há possibilidade de haver no MPLA várias candidaturas, mas na prática ainda há receios e fantasmas de se enfrentar o presidente do partido”, explica Nza Tuzola.

 

A decisão de marcar um congresso extraordinário, ainda sem data marcada, foi decidida pelo Bureau Político do partido no poder em Angola, na sexta-feira, 25.