Luanda - A consultora Economist Intelligence Unit (EIU) considerou hoje que as melhorias na estrutura da Sonangol vão ajudar a melhorar a economia do país, exemplificando com os dois acordos de exploração assinados com a BP e a Total.

Fonte: Lusa


"As melhorada eficácia operacional na Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) e o aumento da atividade devem ajudar a impulsionar o crescimento económico no país", escrevem os peritos da unidade de análise económica da revista britânica 'The Economist'.

 

Num comentário à assinatura de dois acordos de exploração petrolífera, assinados com a britânica BP e a francesa Total, a EIU diz que "a entrada da Total na refinação e processamento comercial angolano representa mais um passo da Sonangol para liberalizar um mercado sobre o qual tinha um monopólio até há pouco tempo" e acrescenta que "mais competição no setor deve ajudar a melhorar a entrega de serviços e os gargalos que tradicionalmente têm dificultado muitos negócios no país".

 

Juntamente com os memorandos de entendimento com a BP, um para estender a exploração nos blocos 18 e 31, e outro para financiar a construção de um terminal de armazenamento de petróleo na Barra do Dande, estes acordos "mostram a crescente abertura aos parceiros internacionais num contexto de abordagem cooperativa que surge em conjunto com os esforços da administração para melhorar a gestão e reverter as enormes perdas".

 

Em setembro do ano passado, a dívida estava nos 3,7 mil milhões de dólares, "o que é considerável, apesar de ser menor que os 9,9 mil milhões de dólares em dívida que tinha no final de 2016", lembra a EIU.

 

O facto de a Sonangol ter assegurado um empréstimo de mil milhões de dólares em dezembro "reflete uma renovada confiança na empresa, que está a trabalhar para mudar a imagem".