Luanda - O governo deve ter grandes razões para manter uma parceria estratégica com portugal. Tantos portugueses a trabalharem em Angola e a roubarem emprego aos angolanos. Só o facto de comprarmos coisas feitas no estrangeiros já estamos a dar emprego para eles lá, não chega? Venham cá e nos tiram também o pouco que temos? Porque não comprar mais os produtos feitos em angola?

Fonte: Club-k.net


Não sou contra a vinda dos tugas cá, mas se pagam bem a eles devem nos pagam bem também.


Após a independência, Angola quase não tinha quadros, os tugas fugiram. O Governo Angolano fez um enorme esforço de formar quadros angolanos no exterior do país e no interior. Na altura da guerra civil angolana não se via tantos portugueses a trabalharem em angola. Muitos de nós angolanos fomos em portugal fugindo da guerra, e acabamos por sermos escravos sem donos.


Os empregos que os angolanos em portugal conseguiam eram na pedreira, nas ruas sendo prostitútas, gatunos, domésticas e muitas das nossas irmãs eram abusadas.


Após a guerra civíl e com o bumm da ecônomia angolana, muitos portugueses vieram à angola em busca de melhores salários( não em busca de melhor vida pois eles vivem lá na tuga), com a iniciativa do anterior Governo alegando que nós quase não sabiamos nada e que angola precisava de quadros angolanos. Já vi a demitirem uma angolana que era recepcionista numa determinada empresa para ser substituída por uma portuguesa que nunca trabalhou em portugal e com um salário milionário e ainda a nossa irmã teve de formar a tuga que iria ocupar o seu lugar.


Desde então, os grandes empresários angolanos e estrangeiros venham gabar-se continuamente que abriram uma determinada empresa com 70% dos trabalhadores serem nacionais e 30% estrangeiros. Mas esquecem sempre de falar sobre a carga salárial. Quer dizer, que se uma empresa tem 70 trabalhadores nacionais e 30 estrangeiro, a carga salarial é contrário, 70% da carga salarial é para os estrangeiros e 30% para nacionais. Gastos com casas no talatona enquanto lá viviam no gueto, carros, e ajuda de custo cá que não é menos de 300.000 AKZ para além do salário que ele recebem em portugal limpos.


Já vi portugueses a ganharem seis milhões de kwanzas por mês, enquanto que o nacional que faz o mesmo que ele ganha 300.000 á 500.000 AKZ, Quantos aos operários estes não passam dos 50.000AKZ, muito desses tugas até trabalham com visto de turismo e gastam zero no turismo.


Se os estado olhasse para essa questão, e criar um regulamento para que esses postos fossem ocupados por angolanos, pois cá há muitos angolanos capazes e com grandes experiencias de trabalho aceite, o estado estaria automaticamente a reduzir a pobreza, o desemprego e a olhar mais para o patriotismo.


Se um angolano estivesse a ganhar 5.000.000AKZ, este por sua vez iria em primeiro lugar investir cá o seu dinheiro. Pois somos nós que compramos na zunga, somos nós que compramos nas praças, somos nós que lavamos carro na rua, somos nós que levamos o nosso carro numa oficina da esquina, somos nós que contratamos empregada doméstica para casa, somos nós que distribuímos o dinheiro que ganhamos cá ao nossos irmão que não tenham um emprego fixo.


Quanto aos portugueses não, ele vão para um restaurante português, vão para uma oficina de um português, compram tudo num super mercado de portugueses, lavam carro nas oficinas dos tugas, fazem a distribuição do dinheiro nos seus compatriota e o angolano só vê miséria.


Na Nigeria, o Governo não aceita que um estrangeiro ganhe mais que um nato, se um estrangeiro ganha milhões eles propositadamente exigem a empresa pôr um nato a ganhar o mesmo dinheiro. Na africa do Sul, antes de solicitarem um estrangeiro para ocupar um determinado cargo procuram devidamente no país se não há um nacional com tais qualificações e que esteja desempregado.


Quanto aquí ja vi recém licenciados na tuga vierem cá em Angola para ganhar milhões, dinheiro que mesmo se fosse PCA de uma empresa na tuga não iria ganhar, falsos licenciados, velhos aposentados inúteis em portugal e útil em angola.

Haja consideração por nós, o Angolano não é preguiçoso mas gosta sim de trabalhar, paguem bem e verão o trabalho do Angolano

Jessé António