Luanda - O Banco Nacional de Angola é a segunda instituição angolana a despedir a Quantum Global da gestão de activos, depois de o Fundo Soberano o ter conseguido, apesar de parcialmente.

Fonte: Expansão

O Banco Nacional de Angola (BNA) cessou o contrato de gestão de activos que ainda mantinha com a Quantum Global, avançou ao Expansão o ministro de Estado do Desenvolvimento Económico e Social, Manuel Nunes Júnior.

 

"O BNA tem neste momento sob sua administração directa todos os activos que vinham sendo geridos pela Quantum. Poderá haver processos administrativos de término da relação, mas não há fundos do Banco Central sob gestão da Quantum", assegura Manuel Nunes Júnior, em entrevista via e-mail ao Expansão.

 

Segundo o relatório e contas 2017 do banco central, nesse ano a empresa fundada e presidida pelo suíço-angolano Jean-Claude Bastos de Morais geria quase dois mil milhões USD das reservas internacionais do BNA.

 

No documento, o BNA reconheceu que mantinha um contrato de gestão de activos com a Quantum, empresa que também geriu activos do Fundo Soberano de Angola.

 

Essa confirmação surgiu depois de os auditores externos terem questionado o BNA sobre o impacto nas suas demonstrações financeiras da ordem de congelamento de fundos de empresas ligadas à Quantum a nível mundial.

 

A ordem foi emitida por um tribunal inglês, no âmbito de um processo iniciado pelo Fundo Soberano visando resgatar os fundos sob gestão do grupo de Bastos Morais.