Luanda - A morte da zungueira Juliana Kafrique, no passado dia 12 de Março por um agente da Polícia Nacional no bairro Rocha Pinto, em Luanda, mereceu esta sexta-feira a condenação da vice-presidente do MPLA, Luísa Damião.

Fonte: Angop

Num acto de solidariedade à família, Luísa Damião disse, em nome da direcção do partido, que foi apresentar os sentimentos de pesar, repugnação e repulsa ao acto condenável, por considerar que nada justifica a morte de uma cidadã indefesa, que velava pelo sustento de sua família.

 

A vice-presidente do MPLA avançou que o partido vai acompanhar a família, sobretudo as crianças de tenra idade que ainda precisavam da companhia da mãe.

 

"Devemos repudiar estes actos todos os dias. Ela era uma mulher indefesa e a polícia que não precisava usar a arma", acrescentou.

 

Enfatizou a existência da Lei 25/11 contra a violência doméstica, que veio para proteger todas pessoas vítimas de violências, quer sejam mulheres, crianças, adultos e idosos.

 

Luísa Damião, além de prestar solidariedade à família de Juliana Kafrique, fez a entrega de bens alimentares.

 

O esposo da malograda, Banguila Manuel Augusto, agradeceu o gesto do partido no poder em apoiar a sua família neste momento difícil

Na quarta-feira, o governador de Luanda, Sérgio Luther Rescova, prestou seu apoio à família com a garantia de emprego ao viúvo, bem como o comandante da Polícia Nacional, José Maria Sita, que igualmente visitou a casa de Juliana.

 

Juliana Kafrique, de 28 anos , morreu em consequência do disparo de uma arma de fogo por um efectivo da Polícia Nacional na Avenida 21 de Janeiro, bairro do Rocha Pinto.

 

Deste acto resultou um tumulto na via pública, com agressões aos agentes e transeuntes, bem como estragos a várias viaturas.

 

A vítima vai a enterrar este sábado no Cemitério do Benfica.