Washington  – O empresário angolano Leonel da Rocha Pinto é identificado, em meios do regime, como interessado em “ficar” com o negócio de fabricação do novo modelos de matrícula, que o país vai contar em breve, conforme anuncio da Direcção Nacional de Viação e Trânsito (DNTV), em Janeiro do corrente ano.

Fonte: Club-k.net

INVESTIU 600 MIL EUROS E VAI RENDER  “MILHÕES” COM O ESTADO 

A medida – de implementação de novo modelo de matricula - está inserida no Decreto Presidencial n° 202/2016 de 27 de Setembro, que regula as atribuições de chapas de matrículas, para veículos automóveis e seus reboques. Trata-se de um projecto deixado pelo antigo Presidente José Eduardo dos Santos e recuperado agora pelo seu substituto, João Lourenço.

 

O interesse no negócio, por parte do empresário angolano, advém desde 2012. Na altura, o mesmo teria se juntado a uma filha do antigo Presidente José Eduardo dos Santos para constituição de um consorcio que teria o contrato sem passar por concurso público.

 

A época, o ministério do interior produziu um parecer ao Chefe do Executivo rejeitando a proposta visto que nos moldes apresentado, o Estado sairia a perder. Isto é, a tutela seria da Direcção Nacional de Viação e Trânsito (DNTV), e por outro lado o Estado angolano entraria com os fundos e com as infraestruturas. Por sua vez, o empresário e a filha do ex-Presidente, encarregar-se-iam de vender o equipamento (de fabricação das novas matriculas) enquanto representantes de um fornecedor alemão, a UTSCH INTERNACIONAL. 

 

A rejeição por parte das autoridades, na altura,  foi reforçada por haver a intenção de o Estado angolano tercearizar o projecto entregando a gestão (a custo zero) a empresa de Leonel e filha de JES. Por conseguinte a empresa de ambos, cobraria ao Estado uma percentagem por cada matricula feita.

 

Segundo cálculos,  a empresa de Leonel e filha de JES, teriam uma dupla facturação caso, o Presidente José Eduardo dos Santos (JES) não fosse advertido. A primeira faturação seria no  pagamento que o Estado faria aos sócios alemães com os custos de consultoria, assistência técnica e etc. A segunda seria pela percentagem que o consorcio ganharia por cada matricula feita.

 

Com a saída de José Eduardo dos Santos, o empresário Leonel Rocha Pinto colocou de parte a filha do ex-Presidente ficando o negócio com a sua empresa privada Multiparques, em parceria – por detrás - com altos funcionários do ministério do Interior. Recentemente, a Multiparques efectuou o pagamento 645 mil euros para os sócios alemão  da UTSCH MOVERS INTERNATIONAL para compra de matéria prima para a feitura  das primeiras matriculas.

 

De lembrar que em Janeiro passado, o Inspector-Chefe da DNTV, Domingos Satchitela, revelou a imprensa que os dados das viaturas matriculadas, actualmente, estão parcialmente registrados em formato electrónico, em Luanda, e outros Centros de Atribuição em Livros, mas, está em curso um processo de digitalização de todos os dados das viaturas numa base de dados central.

 

Esse novo dispositivo irá suprir todo défice que havia, pois trás consigo elementos de segurança que anteriormente não se faziam acompanhar, como a identificação da placa e outros.

 

"Pois, em caso de acidentes, a título de exemplo, o automobilista deve comunicar a DNVT, que teve um acidente, e as autoridades é que vão, por sua vez, enviar a informação ao centro para poder fabricar a chapa. Isso para deminuir o índice de clonagem e falsificações".

 

Avançou que, neste momento, a área que dirige está a trabalhar com o seu parceiro, e que, o primeiro Centro de matrícula já se encontra erguido, faltando apenas o seu apetrechamento.

 

"Vamos ter vários pontos para o procedimento da troca, no qual todos os veículos vão passar por uma inspecção, pois nós queremos com esta campanha detectar o maior número de carros roubados", rematou.