Luanda - De tanto medo de amnistiar os seus irmãos de armas, o General não se ajoelhou, acudiu ao socorro dos EUA que ontem abominaram o MPLA ao não mais poder ser, e ampararam a UNITA com todas as genicas, deram à Jonas Savimbi uma colher, uma faca um garfo para jantar o prato intitulado MPLA, pela ironia do destino, Jonas Savimbi asfixiou – se de tanto mastigar ossos que prenderam – se na garganta e levaram – lhe à uma paragem cáriodiorespiratória que deu lugar ao óbito. Os inimigos número um do MPLA, hoje são os primeiros preferidos de João Lourenço, não dá para acreditar, historicamente os EUA, nunca aceitaram ajudar o MPLA, foram a Rússia e a China que sempre salvaram o MPLA.

Fonte: Club-k.net

Ao longo dos seus quase 30 anos de guerra, os conflitos armados angolanos geraram cerca de um milhão de mortos, 200 mil mutilados e estropiados, mais de 50 mil crianças órfãs, cerca de 4,5 milhões de deslocados, e mais de 600 mil refugiados, nomeadamente acorreram à Namíbia, à Zâmbia e à República Democrática do Congo. O Governo do MPLA tinha de criar condições para reintegrar nas suas zonas de origem e reintegrar na vida activa cerca de 4,5 milhões de deslocados, 90 mil ex – militares da UNITA, e 250 mil familiares dos ex – militares da UNITA, mais de 100 mil deficientes físicos, e dezenas de milhares de crianças desamparadas e órfãos. Teve ainda de reaver um amplo programa de desminagem, de desminagem (o País possuía cerca de 2 milhões de minas e outros engenhos explosivos implantados em todo território nacional). O País sentiu o prejuízo de mais de 20 biliões de dólares (20 mil milhões USD) em material de infra – estruturas devastadas pela guerra (estrada, pontes, aeroportos, barragens, linhas de transportes de energia eléctrica, e de caminho – de – ferro), ao quais acresceram – se os 10 biliões de prejuízos (10 mil milhões de USD) em equipamentos sociais (hospitais, centros de saúde, escolas, institutos, pavilhões desportivos, locais de culto religioso), o empobrecimento profundo devastou em larga escala a população angolana, desde os deslocados de guerra aos demais. José Eduardo dos Santos acorreu ao Ocidente para apagar os variados efeitos da guerra que se faziam presente na pele e na carne do País, o Ocidente deu – lhe as costas, acorreu aos ditos EUA, porém, estes negaram em ajudar Angola a apagar as cicatrizes da guerra e reconstruir o País, foi a China que socorreu Angola como em 1961 quando o País se dinamizava na luta anti – colonial, não vimos americano algum a nos ajudar foram os chineses e russos que ajudaram os angolanos a recuar o mundo escravo, como podem hoje esquecer por completo a história e acorrer aos EUA que sempre foram inimigos do País?


João Lourenço deve saber que ninguém apaga a história, e ninguém mais que os angolanos conhecem as lições da guerra que, como afirmava José Eduardo dos Santos: “A Guerra é uma verdadeira calamidade, cuja apologia constitui uma autêntica desumanidade.” Não há destino sem passado, como também não há presente sem futuro, no entanto, que ninguém se esqueça das lições cruéis da história em que os EUA sacrificaram os outros povos para defender os seus interesses.


Desde sempre o MPLA via na pessoa dos EUA um inimigo afirmado, por alimentar os desejos de Jonas Savimbi que clamavam pela ascensão do poder em Angola, porém, não é menos verdade de que a postura de Savimbi obrigava à Washington a mudança de planos. Nesta era, a federação russa estava numa posição muito vulnerável, assolada por grande instabilidade política interna e muito dependente dos norte – americanos, no âmbito da recuperação de sua força económica, resultante da dissociação da então União Soviética, que terá fragilizado ao não mais poder a natureza económica de Kremlin.


Os EUA enquanto o único império sobrevivente, numa era que todos os impérios erguidos com a força das armas foram completamente devastados pelas suas próprias políticas, incluindo o império da então ex - União Soviética, os EUA, tinham uma efectiva capacidade de intervenção estratégica, e viam – se forçados à redefinir as orientações estratégicas da política externa para Angola. Não é menos verdade que, a sua missão sempre foi a de salvaguardar a UNITA, tendo as tropas cubanas se retirado de Angola e das fronteiras da Namíbia, neste plano se verificava a conquista da independência pela Namíbia, graças a luta imparável dos angolanos e de seu líder incontornável José Eduardo dos Santos. Se para a doutrina Reagan um aliado não era necessariamente um amigo, bastando ser inimigo do seu inimigo, a perspectiva deslocava – se agora da lógica da geopolítica para a órbita da geoeconomia, todavia, face a esse passado tão tenebroso como pode João Lourenço dar as costas ao Governo Russo para aliar – se ao inimigo de seu amigo? Será que não estará João Lourenço a caminhar na contra mão? A lutar contra o próprio MPLA que nasceu no berço do socialismo e de uma doutrina Marxista - Leninista? Será pois que, as ameaças recentes entre a Rússia e os EUA não tenham chegado ao conhecimento de João Lourenço, e, esteja alheio ao mundo e suas atrocidades políticas? Como pode um amigo dar a mão ao inimigo?

Hoje, a história, tomou o peso da evidência contrária, João Lourenço dá a mão à Trump, inimigo do Regime Russo que criou no seu berço o MPLA desde a época de Gentil Viana, Viriato, Hugo Azancot, Matias Miguéis, Pinto de Andrade, Eduardo Macedo dos Santos e Neto. Rússia quase que foi uma segunda mãe do MPLA, em todas as vertentes deste Partido, sente - se a alma russo, em suas artérias, até no seu próprio sangue. A Rússia e a China sempre ajudaram o MPLA, nos momentos mais sombrios da história, desde a sua criação em 1961, até as lutas contra o colonialismo Português, nunca o Americano quis ajudar ao MPLA, aliás, os únicos regimes que os americanos ajudaram para fazer face à Rússia, foram a FNLA e no final a UNITA. O MPLA nunca recebeu ajuda alguma às mãos do regime de Washington. Essa será novamente uma verdadeira armadilha colocada na casa onde o MPLA reside.

Todavia, a pior confusão à assistir aqui, é a conexão do regime dirigido por João Lourenço à FBI e a CIA, no intuito de solicitar apoio para reaver os tostões dos cofres de Estado roubados, e colocar atrás das grades os seus colegas de armas, é tanto medo do perdão que chega – se a conclusão de variadas indagações, entre as quais, que mal tão grande João Lourenço terá vivido no seio do MPLA que o tenha colocado tão revoltado com o Partido que hoje dirige e o seu ex - Presidente JES? O General não consegue digerir um clima de paz no seio do Partido, ao entrar no seio do MPLA como o número um, a autoridade deste, deixou o navio MPLA num silêncio nunca antes auscultado, sem nenhum som extra pulmonar audível. João Lourenço, o novo talento do barco MPLA, tem medo em excesso de conceder um perdão plural aos seus irmãos de armas, homens de vanguarda, desde os tempos de trincheiras dos Maquisards, quer na EPLA como no MPLA, será pois parafraseando William Asaph “Não pague o mal com o mal e sim com o bem. Se alguém te afrontar, te magoar, te ferir, faça ao contrário dele. Olhe para esse alguém com olhar de misericórdia. Ele não deve ser feliz quanto você é. Mostre o caminho da felicidade a ele sendo gentil”.


Ao chamar a FBI e a CIA para auxiliar Angola a recuperar dinheiro roubado, são variados riscos que o País há - de assistir em sua volta. Porém, inimigo é sempre inimigo, se os EUA sempre foram inimigos do MPLA, pior ainda o regime dos Republicanos que nunca teve simpatia alguma pelo MPLA, não será que a cobra que sempre exteriorizou veneno contra a sua ferida, há - de cessar hoje? A não ser que o MPLA, mude os seus estatutos e passa a redefinir estatutos que irão à favor de um regime puramente da direita, deixando de ser por completo da esquerda.


João Lourenço tem – se esforçado variadas vezes à visitar os EUA, não fica de fora o espectáculos que se assiste variadas vezes na placa do Aeroporto internacional de Angola (4 de Fevereiro), com aviões estranhos à bordo, a aterrarem a nossa placa angolana, variadas vezes, mostram à olho nu, a presença de Agentes Secretos à dispor do País. Essa barricada de envolvimento com a CIA não teve início hoje, vem de longe. Esperamos que o FBI não coloque as mãos apenas no corpo dos inimigos de João Lourenço, poupando os seus amigos, esperamos que em todos os indivíduos quanto saquearam o País incluindo João Lourenço e seus delfins, sintam o efeito da própria FBI e a CIA que os chamou à ajudar. Deveria assim João Lourenço saber que a vingança implementada por ele, será um presente envenenado onde ele mesmo será a última vítima a sentir efeitos dos seus próprios actos.

Que o FBI não seja apenas um clube de investigadores internacionais, à ajudarem João Lourenço na luta contra os seus inimigos, que seja mesmo honesto um FBI plural, imparcial, pleno, e prenda até os variados criminosos e corruptos que estão ao lado de João Lourenço. Mas João Lourenço, não se esqueça de que os EUA são como o carvão, se não te queimam, te sujam, não são amigos de ninguém, foram eles que ajudaram a Líbia e finalmente acabaram com Kadaf e o seu regime, ainda pior o MPLA, que sempre sentiram a sede de destruí –lo ao todo, e nunca o puderam porque a Rússia travou. Os EUA são o verdadeiro presente envenenado que o MPLA recebe de bandeja em Angola, às mãos de João Lourenço.


Angola já não precisava ser escrava dos EUA, João Lourenço deve saber que isso lhe custará muito caro, e, o arrependimento virá tarde de mais. Qual o pacto que os Estados Unidos têm com João Lourenço? Quem vai investigar isso? Não é o FBI, naturalmente. Quem o vai fazer? O que estão a receber em troca? Os EUA não fazem nada de graça, é claro que receberão o petróleo e o diamante em troca.


A solução para o nosso país está entre nós. João Lourenço continua com uma estratégia de governação profundamente errada. Devia promover um encontro para à busca de soluções plurais aos variados problemas de que não sabe os resolver. Chamam de pacto de regimes ou qualquer coisa, mas seria entre nós que devíamos encontrar um denominador comum para resolver os nossos próprios problemas, e, não nos EUA que nunca foram amigos do MPLA e de Angola. Estas agendas pessoais do presidente da República só vão afundar ainda mais o nosso país. E estamos a mostrar que afinal o nosso Serviço de Inteligência e Segurança do Estado (SINSE) e o nosso Serviço de Inteligência Externo (SIE) - que por sinal levam a maior fatia do OGE, a par da Defesa - não têm nenhuma competência (capacidade) para investigar crimes desta natureza, mesmo com o grande “expert” em contra-inteligência, como dizem, Fernando Garcia Miala. Se é tão inteligente, tão hábil, tão versátil como muitos atentam à acusá – lo nos bastidores, por que João Lourenço acorreu à CIA e ao FBI para reaver os milhões e tostões roubados ao Estado Angolano? Será que esgotaram – se todas as alternativas no seio dos angolanos e hoje os angolanos não são mais capazes de resolver os seus próprios problemas? Perderam confiança às habilidades de Fernado Garcia Miala? Ou será que Fernado Garcia Miala deixou de ser o tão competente que ontem foi para África e Angola? Não é este o Miala tão aplaudido ontem? Deixou de sê – lo hoje porquê? Os "nossos" segredos vão ser conhecidos e entregues à sorte dos americanos, e dominar o segredo de um País é de facto dominar esse País, quando os segredos de Estado forem completamente entregue as forças estrangeiras, este Estado se tornará escravo de um outro Estado que o passará a controlar e oprimir. De realçar, que não se brinca com a CIA, vejam o regime de Mobuto Sesse Seco como foi devastado pela CIA, ao não mais poder ser, cujo fim último visou a sua morte num Hospital de Marrocos. Os americano não são para brincar com eles, eles têm uma missão, e, são muito sérios naquilo que fazem, são verdadeiramente fiéis à América, lembrai – vos, o americano defende em primeiro lugar América, somente depois vem o resto, nunca o contrário, ao conhecerem os segredos de Angola, será uma razão suficiente para dominar Angola e o seu povo, tornando – os completamente dependente do seu regime capitalista. João Lourenço, não se deve esquecer que terá de mudar completamente o MPLA, será pois um MPLA – Renovado, ou MPLA – 2, que deixará de ser Marxista – Leninista ou da esquerda e tornar - se - á num MPLA da direita ou um regime capitalista.

HAJA LUZES SOBRE AS TREVAS!


JOÃO HUNGULO: JURISTA & MD, PESQUISADOR E ESCRITOR.