Lisboa – Agentes da Polícia Nacional alvejaram, com disparos de armas de fogo, no passado dia 12 do corrente mês, contra a viatura protocolar que transportava o Presidente do Tribunal Constitucional, Manuel Miguel da Costa Aragão (na foto). O incidente quando o juiz ia a óbito familiar e ao passar pelo bairro Rocha Pinto, arredores do Estádio "22 de Junho", confrontou-se com o tumulto em que agentes assassinaram, a queima-roupa, a vendedora ambulante, Juliana Cafrique.

Fonte: Club-k.net

Autoridades abafam caso para não prejudicar imagem da Polícia 


Não entendendo o que se estava a passar, os escoltas do juiz fizeram disparos para o ar para dispersar a concentração de populares para que pudessem seguir o seu destino. Segundo as imagens que o Club-K teve acesso, a viatura do magistrado foi alvejada com uma bala que quebrou um dos vidros das laterais e outro na chaparia. Nenhum dos integrantes da viatura foi ferido pelos disparos dos agentes da Polícia Nacional.

 

Em consequência do susto, O juiz Manuel Miguel da Costa Aragão, viu-se desprovido de condições psicológicas para poder viajar, dois dias depois, ao município do Lobito, para participar na abertura do ano judicial 2019, inaugurado pelo Chefe de Estado, João Manuel Goncalves Lourenço. De todos os Presidentes de Tribunais, existente em Angola , Manuel Aragão foi o único que não participou desta actividade judicial.


Até ao momento, o incidente envolvendo a viatura do juiz do Tribunal Constitucional não foi objecto de citação nos órgãos de comunicação social, em Luanda, havendo suspeita de que optou-se por preservar a imagem da Polícia Nacional que ultimamente recorre ao uso de fogo, e agressão contra a população ao impedir situações que se requer manutenção da ordem.

Juiz reunidos em Benguela sem a presença de Manuel  Aragão