Lisboa - O activista angolano Luaty Beirão foi ouvido esta segunda-feira 25, na direção de combate aos crimes contra as pessoas do Serviço de Investigação Criminal (SIC) na sequencia de uma queixa movida pela diretora do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do Serviço de Migração e Estrangeiro (SME), Teresa Silva e Silva (na foto) que o acusa de difamação.

Fonte: Club-k.net

Teresa Silva e Silva é igualmente professora  da faculdade de letras da Universidade Agostinho Neto. Em Agosto de 2018, os seus alunos recorreram aos canais de Luaty Beirão, para que os ajudasse a denunciar que havia uma turna de 70 finalistas do curso de Língua e Literaturas em Língua Portuguesa da Faculdade de Letras da UAN, em que os estudantes queixavam-se de estar a ser vítima de um acto de injustiça e abuso de poder por parte daquela professora.


Segundo os alunos queixosos, a professora Teresa Silva só administrava 5 aulas de 15 calendarizadas ao longo do semestre, não se fazendo presente nos outros tempos e, mais grave, indicando um dos alunos a quem devia ser administrado o curso para substituí-la enquanto “viajava”.


Através da pagina Central Angola 7311, a rede de Luaty Beirão fez passar a reclamação dos alunos e em retaliação a professora Teresa Silva moveu um processo contra o activista por suposta calúnia e difamação.


Ao ser interrogado, o investigador criminal Emanuel Adão questionou a Luaty Beirão se admitia que tivesse difamado e lesado a imagem da professora Teresa Silva. O responsável policial pretendia também saber se o activista estaria em condições de pedir desculpas a académica, e este por sua vez declinou abraçar tal proposta na ausência de uma conclusão oficial sobre os factos denunciados pelos estudantes universitários.