Luanda - O Comandante municipal da Polícia Nacional em Viana, Francisco Notícia, está a ser acusado de estar a favorecer um suposto invasor de terras a apropriar-se de uma parcela de terreno de um hectar , localizada no bairro Kapalanga em Viana, pertencente a uma família que diz ter a tutela do espaço há mais de vinte anos.

*Joaquim Tchauaco
Fonte: Kwanza News/Club-k.net

A denúncia foi feita ao Kwanza News pelo ancião , Afonso João Afonso, de 96 anos que diz estar em posse de toda a documentação que atesta a titularidade da referida parcela, mas não percebe como é que o comandante Notícia anda constantimente a enviar os seus homens, fortemente armados para intimidar a sua família com o objectivo de deixarem o local.


Tentámos o contacto com o suposto invasor de terras, um cidadão identificado apenas por Ângelo para a ferir a sua documentação, mas não tivemos sucesso.


Os queixosos, contaram igualmente que o assunto em causa, já tinha merecido o devido tratamento da Administração Municipal de Viana, tendo aquela Instituição resolvido a favor da família que reclama a legitimidade do espaço.


Por sua vez, o Sub-Comissário, Francisco Notícia, sem aceitar gravar a entrevista, disse desconhecer o suposto invasor, tendo esclarecido que, a intervenção da polícia apenas deveu-se por causa da solicitação da Administração do Município para apaziguar a fúria dos litigantes na tarde de quarta-feira (24). O comandante da corporação a nível de Viana, lamentou o envolvimento do seu nome em actos de negócios de terra, tendo assegurado que, a presença dos efectivos da ordem nesses lugares consiste unicamente para se evitar distúrbios.

 

Não é a primeira vez que uma figura afecta ao ministerio do Interior tem o seu nome envolvido no tráfico de terras.


Em finais do ano passado, o comandante-geral da Polícia Nacional, Paulo de Almeida foi constituído arguido por alegado esbulho violento de uma quinta de cerca de 12 hectares, em posse de um camponês, que disse viver no local há quarenta anos. O caso correu os seus trâmites no Tribunal Supremo. Sendo que a justiça decidiu a favor do comandante que terá adquirido a parcela de terra em 1998 por intermédio do Gabinete de Desenvolvimento e Aproveitamento Hidráulico do Kikuxi (GADAK).