Luanda – A Juíza no Tribunal do Cuanza-Norte, Francisca Maiato Manuel está a ser criticada naquela região por se ter revelado indelicada ao ameaçar algemar o político e economista angolano Filomeno Vieira Lopes, quando no passado dia 30 de Abril, este assistia a uma sessão de julgamento contra o secretário Nacional da Juventude do seu partido Bloco Democrático (BD), Joaquim Lutambi, que decorre nesta província.

Fonte: Club-k.net

Magistrada  humilha dirigente do  Bloco Democrático 

Antes da juíza ter entrado para a sala do julgamento, uma escrivã, em serviço, exigiu que todos os presentes na sala deveriam entrega-la os seus telemóveis, ao que o político questionou onde estaria escrito tal regra.

 


Segundo fonte que acompanhou o episódio, quando a juíza Francisca Manuel entrou para a sala, viu a escrivã a resmungar sozinha e logo a seguir perguntou em voz alta o que se estava a passar e quem não queria entregar o telemóvel. Quando o politico procurou dizer que solicitou saber onde estava publicado a regra de entrega de telemóvel, a mesma reagiu violentamente afirmando que este estava a contestar a uma norma interna e que deveria abandonar a sala. De seguida, segundo descreveram ao Club-K, a magistrada chamou os polícias que aprontaram as algemas e dirigiram-se para Filomeno Vieira Lopes como se pretendessem prender.

 


Francisca Manuel perguntou aos presentes se a pessoa em causa era imprescindível para o julgamento, tendo determinado a expulsão do mesmo. No final da sessão, a mesma foi ouvida, por testemunhas, a expressar frases como “expulsei-o mesmo da sala” como se a sua ação fosse um “troféu”.



De recordar que Joaquim Lutambi, que esta a ser julgado foi raptado em Luanda por agentes do SIC, a 12 de Agosto de 2018, no município de Viana, em Luanda, quando participava numa partido de futebol, no seu bairro KM12. No seguimento de denúncias e receios de que pudesse ser executado, pelos agentes, a semelhança com o que aconteceu, em 2012, com Isaías Cassule e Alves Kamulingue, o SIC assumiu que tinha o jovem consigo e o acusou de ser mandante de um suposto crime de queima de mais de 30 viaturas na província do Cuanza Norte.


Nas alegações, em tribunal, o Ministério público pediu a absolvição de Joaquim Lutambi e de outros dois jovens, por falta de provas. A decisão da leitura da sentença, será dia 13 de Maio.