Lisboa - Tomás Bika Mumbundo, antigo primeiro secretário da JMPLA, de Luanda, foi cooptado pelo líder do partido, para fazer parte da sua lista de candidatos a membro do Comité Central, ao congresso de 15 de Junho. Nas mesmas condições, o presidente João Manuel Gonçalves Lourenço cooptou outro jovem, Kilamba Kiuyima Van-Dúnem, da ala parlamentar do MPLA.

Fonte: Club-k.net

Caminho aberto para disputar à liderança da “JOTA” nacional 

A indicação de Tomás Bika para o Comité Central fez reascender, nas hostes do partido no poder, antigas atenções de que João Lourenço identificava nele traços para preencher a vaga na JMPLA, deixada por Sérgio Luther Rescova Joaquim, o agora governador de Luanda.

 

Tomás Bika foi suspenso e afastado da liderança da JMPLA em Luanda, por incompatibilidades de agenda com o Comité Nacional da juventude então liderada por Luther Rescova. Desde então passou a ser visto como estando num quadro de hostilidades internas, tendo se virado para o associativismo como vice-presidente da União das Associações Locais de Angola (Amangola), e mais tarde elevado a administrador adjunto do município de Cacuaco.

 

O  clima hostil que se observava a sua volta, foi também constatado na 3a reunião extraordinária do Comité Nacional da JMPLA, que não apresentou o seu nome na lista dos 10 candidatos pela juventude ao Comité Central. Teve de ser o líder do partido a resgata-lo, para a sua lista pessoal. Diz-se internamente que estará também a ser considerado por Paulo Pombolo e Jorge Dombolo, ambos do Bureau Politico do MPLA.

 

Como futuro membro do Comité Central, Tomás Bika vê agora as portas abertas para uma eventual candidatura ao congresso ordinário da JMPLA, marcado para os dias 10 e 11 de Outubro deste ano, desfazendo, assim, o modelo de candidaturas únicas, que seria preenchida por um outro militante, Jandir Patrocínio.

 

A nível da juventude apartidária, Tomás Bika chega a ser o membro da JMPLA mais aceite, apesar de terem notado nele deselegância ou ausência de solidariedade quando em Dezembro de 2015, apareceu a condenar, em Luanda, 17 jovens arguidos, conhecidos como “Revus”, que se destacavam na defesa da democratização do país, e criticando as politicas de repressão do executivo. Os arguidos estava a ser acusados por um falso “Golpe de Estado”, inventado pelo então procurador geral, de má memória, João Maria de Sousa. Bika acreditava que os “15+2”, tinham meios militares para depor o então Chefe de Estado.